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Convergência da inflação para a meta é compatível com queda da Selic, diz BC

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ritmo de redução da taxa básica de juros, a Selic, deve ser compatível com o objetivo de atingir a meta de inflação de 4,5% em 2017 e 2018. A informação consta da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária)

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2016, 11:06:46 Editado em 25.10.2016, 11:10:10
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ritmo de redução da taxa básica de juros, a Selic, deve ser compatível com o objetivo de atingir a meta de inflação de 4,5% em 2017 e 2018. A informação consta da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (25), em Brasília. Na semana passada, o comitê decidiu iniciar o ciclo de redução da taxa básica de juros, a Selic, que caiu de 14,25% para 14% ao ano. As informações são da Agência Brasil.

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No documento, o BC reafirmou o seu objetivo de conduzir a política monetária para atingir a meta nos próximos dois anos.

Para o Copom, atualmente não há incompatibilidade entre redução da Selic e meta de inflação. “O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta em 2017 e 2018 é compatível com uma flexibilização moderada e gradual das condições monetárias. O Comitê avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%”, destacou o BC.

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O comitê informou ainda que a intensificação dos cortes na Selic depende da “evolução favorável” de fatores que permitam maior confiança no alcance da meta de inflação. O BC espera, por exemplo, que os componentes do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) -mais sensíveis à política monetária (definição da Selic) e à atividade econômica- “retomem claramente uma trajetória de desinflação em velocidade adequada.

AJUSTE FISCAL

Outro fator citado pelo Copom são os “ajustes necessários na economia”. Para o comitê, é preciso que o ritmo de aprovação e a implementação da reforma fiscal contribuam para uma dinâmica inflacionária compatível com a convergência da inflação para a meta. “O comitê avaliará a evolução da combinação desses fatores”, disse no documento.

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Para o comitê, condicionar a evolução futura da Selic a fatores relevantes para a inflação “transmite, de maneira mais adequada, a racionalidade econômica que guia as suas decisões”.

O Copom avalia que houve avanço nos esforços de aprovação e implementação nos ajustes na economia, notadamente as reformas fiscais. Para a diretoria do BC, esses esforços são fundamentais para a estabilização e o desenvolvimento da economia brasileira. “O comitê deve acompanhar atentamente esses esforços, uma vez que há reflexos importantes no processo de desinflação. Há consenso no comitê de que a velocidade no processo de apreciação das propostas de ajustes tem excedido as expectativas”, disse. O comitê diz ainda que essas medidas impactam não somente a demanda da economia, mas também a percepção de melhora da dinâmica das contas públicas no médio e longo prazos.

INFLAÇÃO DE SERVIÇOS

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Na ata, o Copom pondera que há sinais de uma pausa recente no processo de desinflação do setor de serviços. Para o comitê, essa pausa “se dá em níveis cuja manutenção produziria trajetória de desinflação em velocidade aquém” da esperada. Dessa forma, o comitê ressalta que é necessário monitorar esse segmento.

PROJEÇÕES PARA INFLAÇÃO

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Na ata, o comitê diz que as suas projeções e as do mercado recuaram e estão em torno de 7%.

As projeções para os preços administrados por contrato ou monitorados foram mantidas em 6,2% em 2016, 5,8% no próximo ano e 5,1% em 2018.

Entretanto, o Copom disse que uma série de fatores pode produzir mudanças nas projeções para os preços administrados. Um desses fatores foi a redução dos preços de combustíveis.

O comitê cita também evidências de reduções de preços de energia elétrica mais fortes que o esperado em algumas regiões e a possibilidade de adiamento de reajustes de preços de transporte urbano em algumas cidades. Por outro lado, o Copom disse que há risco de reajustes acima do esperado nos preços da energia elétrica ao longo de 2017 em decorrência, entre outros fatores, de mudança de bandeira tarifária.

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