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Dólar cai para R$ 3,18 e tem menor cotação em 2 meses; Bolsa sobe

EULINA OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Números da balança comercial chinesa de setembro bem piores do que as expectativas influenciaram os mercados mundiais nesta quinta-feira (13). As Bolsas recuaram e o dólar teve comportamento misto frente às pri

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.10.2016, 18:17:35 Editado em 13.10.2016, 18:20:12
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EULINA OLIVEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Números da balança comercial chinesa de setembro bem piores do que as expectativas influenciaram os mercados mundiais nesta quinta-feira (13). As Bolsas recuaram e o dólar teve comportamento misto frente às principais moedas, em meio a temores de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

O mercado doméstico seguiu o mau humor global pela manhã, e o Ibovespa chegou a perder mais de 1% no início da sessão, enquanto o dólar avançou para o patamar de R$ 3,22. À tarde, porém, o principal índice da Bolsa inverteu o sinal e fechou em leve alta enquanto a moeda americana caiu para a casa dos R$ 3,18, na menor cotação em dois meses.

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Segundo analistas, o peso sobre os mercados diminuiu depois que os preços do petróleo, que estavam caindo, mudaram de direção e começaram a subir. O motivo para a recuperação da commodity foi a queda nos estoques de derivados nos EUA na semana passada, apesar da alta dos estoques de petróleo bruto.

Os profissionais também ressaltam que permanece o otimismo dos investidores em relação à recuperação da economia brasileira, com o governo Temer demonstrando força para aprovar as medidas do ajuste fiscal.

CÂMBIO E JUROS

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O dólar comercial fechou em baixa de 0,59%, a R$ 3,1820. É a menor cotação desde 11 de agosto deste ano (R$ 3,1410). A moeda americana à vista, que encerra as negociações mais cedo, subiu 0,04%, a R$ 3,1966.

"O que houve pela manhã foi um ajuste técnico após o feriado de ontem no Brasil, somado aos dados ruins da China e às apostas de alta dos juros nos EUA neste ano", afirma Jefferson Rugik, diretor de câmbio da Correparti Corretora.

"Entretanto, à tarde, o dólar foi perdendo força ante o real com a melhora do petróleo e também por causa do fluxo positivo para o país", acrescenta Rugik, ressaltando que predomina o otimismo dos investidores em relação à recuperação da economia brasileira, especialmente após a aprovação da chamada PEC do Teto em primeiro turno na Câmara.

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Pela manhã, como tem ocorrido diariamente, o Banco Central leiloou 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 250 milhões.

No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,659% para 13,641%, e o contrato de DI para janeiro de 2018 recuou de 12,000% para 11,970%. O contrato de DI para janeiro de 2021 ficou estável em 11,270%.

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O CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos, outro indicador de percepção de risco, caía 0,84%, aos 263,444 pontos.

BOLSA

Em dia de vencimento de opções sobre índice, que influenciou os negócios, o Ibovespa fechou em alta de 0,15%, aos 61.118,58 pontos, descolando-se da Bolsa de Nova York, que caiu. O giro financeiro foi de R$ 21,6 bilhões.

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O exercício de opções sobre o Ibovespa movimentou R$ 5,30 bilhões.

As ações da Petrobras subiram 2,40%, a R$ 15,76 (PN), e 2,45%, a R$ 17,50 (ON), ajudadas pelo avanço do petróleo no mercado internacional.

No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ganhou 1,13%; Bradesco PN, +0,13%; Bradesco ON, +0,16%; Banco do Brasil ON, +1,72%; Santander unit, +4,05%; e BM&FBovespa ON, +0,57%.

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Os papéis da Vale e de siderúrgicas foram os mais afetados pelos dados fracos da balança comercial chinesa, seu principal mercado. Vale PNA perdeu 2,81%, a R$ 16,22, enquanto a ON caiu 4,56%, a R$ 17,75, acompanhando ainda a queda do minério de ferro na China e o desempenho de outras mineradoras na Europa.

As exportações chinesas recuaram 10% em setembro em relação ao mesmo mês de 2015, na maior queda desde fevereiro e acima das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg, que previam queda de 3,3%.

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Após subirem 1,5% em agosto, as importações chinesas recuaram 1,9%, enquanto a mediana das projeções de analistas era de uma alta de 0,6%.

"Além do dado chinês, dúvidas sobre o 'timing' do início de alta de juros nos EUA após a divulgação da ata do Fed [Federal Reserve, o banco central americano] também trouxeram cautela aos mercados", destaca a equipe de análise da corretora Rico, em relatório.

A ata da última reunião do Fed, divulgada na tarde desta quarta-feira (12) evidenciou que os membros do comitê de política monetária estão divididos quanto ao momento da elevação dos juros. De qualquer forma, as apostas do mercado de uma alta em dezembro se mantêm, uma vez que vários dirigentes indicaram ser apropriado que isso ocorra em breve.

Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA cedeu 4,31%; CSN ON caiu 3,13%; e Gerdau PN, -1,47%.

EXTERIOR

Em Nova York, o índice S&P 500 encerrou a sessão em queda de 0,31%; o Dow Jones recuou 0,25%; e o índice da Bolsa eletrônica Nasdaq, -0,49%.

Na Europa, a Bolsa de Londres terminou em baixa de 0,66%; Paris, -1,06%; Frankfurt, -1,04%; Madri, -0,90%; e Milão, -1,22%.

Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve alta de 0,08%, apesar dos dados da balança comercial. O índice de Xangai subiu 0,09%.

Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,39%, a 16.774 pontos.

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