MARCELO NINIO
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - A venda da operação de varejo do Citibank no Brasil para o Itaú não é um sinal negativo sobre o sistema financeiro do país, disse neste sábado (8) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, a decisão faz parte da estratégia global do Citi.
"É uma decisão normal, não é exclusivamente do Brasil", afirmou o ministro em Washington. "O presidente mundial do Citibank esteve comigo ontem [sexta, 9] e me assegurou que o Brasil é prioridade, e que nas áreas em que o Citibank é forte globalmente, inclusive no Brasil, continuará investindo cada vez mais, como na área de relacionamento, empréstimos, aplicações com empresas, médias, pequenas, grandes."
A aquisição do varejo do Citi no Brasil pelo Itaú por R$ 710 milhões foi anunciada na manhã deste sábado (8), quase dez meses depois de o Citi ter informado o plano de se desfazer de suas operações neste segmento no país.
Meirelles reiterou que o banco não anunciou a saída do Brasil, "mas simplesmente a venda das operações de varejo, que estavam dando prejuízo". Ele ressaltou que há outras instituições bancárias estrangeiras com "presença forte" no setor de varejo no Brasil, como o Santander, e esteve com vários investidores asiáticos na capital americana
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