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Bolsa sobe 1,54% com otimismo interno e petróleo; dólar cai 1,10%

EULINA OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O bom humor predominou no mercado financeiro doméstico nesta quarta-feira (5). As perspectivas positivas em relação ao andamento do ajuste fiscal do governo Temer, especialmente em relação à PEC (Proposta de Em

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.10.2016, 18:15:45 Editado em 05.10.2016, 18:20:20
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EULINA OLIVEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O bom humor predominou no mercado financeiro doméstico nesta quarta-feira (5). As perspectivas positivas em relação ao andamento do ajuste fiscal do governo Temer, especialmente em relação à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que limita os gastos públicos, animaram os investidores. No cenário externo, a alta do petróleo e dados mistos sobre a economia americana aumentaram o apetite ao risco, beneficiando mercados emergentes.

Depois da forte alta da terça-feira (4), em meio aos temores de elevação dos juros nos EUA e de redução dos estímulos monetários pelo BCE (Banco Central Europeu), o dólar comercial recuou mais de 1% frente ao real, para o patamar de R$ 3,22.

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Impulsionado principalmente pelas ações da Petrobras, que subiram quase 4%, o Ibovespa ganhou 1,54%, voltando ao patamar dos 60 mil pontos após quase um mês.

O petróleo Brent, negociado em Londres, subiu cerca de 2%, acima dos US$ 51 o barril, na cotação mais alta em quase quatro meses. Os investidores reagiram à inesperada queda dos estoques semanais de petróleo nos EUA de 2,98 milhões de barris, ante projeções de aumento de 1,5 milhão de barris.

O dólar também perdeu força com o número de empregos do setor privado nos EUA em setembro, calculado pela empresa ADP, que ficou em 154 mil. O dado ficou abaixo das expectativas de analistas, que eram de 171 mil, e número de agosto (177 mil).

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O indicador é considerado uma prévia do chamado "payroll", os dados oficiais de emprego nos EUA, que saem na próxima sexta-feira (7) e são importantes para o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) definir sua política monetária. Por enquanto, as apostas se concentram num aumento dos juros americanos em dezembro.

Por outro lado, o índice ISM de serviços nos EUA avançou para 57,1 em setembro, ante projeções de 53, para o nível mais alto desde outubro de 2015.

Quanto à PEC que estabelece um teto para os gastos públicos, a expectativa é de que o relatório seja votado na comissão especial da Câmara nesta quinta-feira (6) e no plenário da Casa, em primeiro turno, na segunda-feira (10).

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Nesta quarta-feira, os principais partidos da base governista decidiram fechar questão a favor da chamada PEC do teto.

Os investidores também aguardam a votação do projeto que permite a repatriação de recursos mantidos ilegalmente fora do país, que deve ocorrer até esta quinta-feira (6) na Câmara.

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BOLSA

O Ibovespa fechou com ganho de 1,54%, aos 60.254,34 pontos. Foi a maior alta entre as principais Bolsas mundiais. O giro financeiro foi de R$ 6,9 bilhões.

As ações da Petrobras subiram 3,99%, a R$ 14,58 (PN), e 3,13%, a R$ 16,10 (ON), favorecidas pela alta do petróleo no mercado internacional.

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"Os papéis da estatal são beneficiados também pela perspectiva de aprovação, na Câmara, do projeto que desobriga a Petrobras a atuar como operadora exclusiva no pré-sal sob o regime de partilha", comenta Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor.

Segundo Santos, o grande número de interessados em comprar fatia da BR Distribuidora é outro fator de otimismo em relação à Petrobras. "Os investidores estão animados com a gestão de Pedro Parente frente à Petrobras, que se mostra uma nova empresa, firme em seu programa de desinvestimento."

As ações da Vale avançaram 1,09%, a R$ 15,72 (PNA), e 1,18%, a R$ 17,86 (ON). No setor financeiro, Itaú Unibanco PN avançou 1,96%; Bradesco PN, +0,79%; Bradesco ON, +1,49%; Banco do Brasil ON, +2,26%; Santander unit, +1,68%; e BM&FBovespa ON, +1,10%.

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CÂMBIO E JUROS

O dólar comercial terminou a sessão em queda de 1,10%, a R$ 3,2200. A moeda americana à vista, que fecha o pregão mais cedo, caiu 0,53%, a R$ 3,2312. O real teve a maior valorização global nesta sessão.

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Pela manhã, como tem ocorrido nos últimos dias, o Banco Central leiloou 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no total de US$ 250 milhões.

No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,739% para 13,723; o contrato de DI para janeiro de 2018 caiu de 12,170% para 12,080%; e o contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 11,470% para 11,330%, renovando a mínima em quase dois anos.

O CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, caía 0,39%, aos 274,785 pontos.

EXTERIOR

Em Nova York, o índice S&P 500 terminou o pregão em alta de 0,43%; o Dow Jones, +0,62%; e o Nasdaq, +0,50%. A alta do petróleo e dos papéis de bancos beneficiaram a Bolsa americana.

Na Europa, as Bolsas reagiram aos rumores, iniciados na tarde desta terça-feira (2), de que o BC europeu poderia reduzir seu programa de estímulos monetários.

A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,58%; Paris, -0,29%; Frankfurt, -0,32%; Madri, +0,11%; e Milão, +1,03%.

Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio subiu 0,50%. As Bolsas chinesas não operam esta semana por causa de um feriado.

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