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'Houve certo endeusamento do pré-sal', diz presidente da Petrobras

RENATA AGOSTINI E MARIANA CARNEIRO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta sexta (30) que ocorreu no país uma expectativa exagerada em relação ao pré-sal, o petróleo localizado em águas profundas. "Houve um ce

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.09.2016, 14:46:37 Editado em 30.09.2016, 14:50:09
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RENATA AGOSTINI E MARIANA CARNEIRO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta sexta (30) que ocorreu no país uma expectativa exagerada em relação ao pré-sal, o petróleo localizado em águas profundas.

"Houve um certo endeusamento do pré-sal, quando temos em outras áreas da empresa campos excelentes, como na Bacia de Campos", disse durante evento promovido pela revista "Exame" em São Paulo.

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Parente afirmou que boa parte dos investimentos que fizeram a dívida da estatal explodir foram inúteis ou prejudiciais à companhia.

"É importante mencionar que esse endividamento não gera qualquer retorno para a empresa", afirmou o presidente da Petrobras. "Existe uma parte de investimentos no pré-sal que traz resultados, mas a maior parte não", afirmou.

Ele voltou a destacar a meta da companhia de reduzir de forma drástica o endividamento até 2018. Para isso, a empresa irá cortar custos e espera levantar mais de US$ 15 bilhões com a venda de ativos.

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"Chegamos a pagar 3,1% de juros em 2013. Hoje está acima de 8,5%", disse. "Ter uma alavancagem desse tamanho no Brasil é muito complicado."

APARELHAMENTO

Segundo Parente, a Petrobras foi afetada pelos efeitos dos esquemas de corrupção desvendados pela Lava Jato e pelo uso da petroleira para "atividades que não tinham nada a ver".

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"O que aconteceu na Petrobras foi o aparelhamento de uma empresa. Mas ela também foi usada para outros fins", afirmou.

Ele citou a política de preços praticada pelo governo petista, que obrigou a petroleira a vender gasolina abaixo do preço internacional, e a programação de grandes empreendimentos sem o planejamento adequado.

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"Como uma empresa decide fazer uma refinaria no Maranhão, outra em Pernambuco e outra no Ceará? Não é a racionalidade econômica. É uma empresa que foi submetida a um processo em que seus objetivos foram secundários no processo decisório", disse.

CONTEÚDO LOCAL

O presidente da Petrobras afirmou que é a favor da política de conteúdo local, que exige a compra de bens produzidos no país, mas não com as regras atualmente vigentes.

"Não pode ser baseado na punição. Tivemos recentemente o cancelamento de licitação de uma plataforma. Ela deveria custar US$ 800 mil por dia. Veio um número 60% acima. É racional? Mas qual seria a multa se descumprisse o conteúdo local? A bagatela de US$ 500 milhões. Não pode ser por aí", afirmou.

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