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Concorrente chinês do Google investirá US$ 60 mi em start-ups brasileiras

FILIPE OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A multinacional chinesa Baidu, que domina o mercado de buscas pela internet em seu país, lançou um fundo para aplicar até US$ 60 milhões (aproximadamente R$ 194 milhões) em start-ups brasileiras. A companhia p

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.09.2016, 20:11:13 Editado em 27.09.2016, 20:15:09
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FILIPE OLIVEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A multinacional chinesa Baidu, que domina o mercado de buscas pela internet em seu país, lançou um fundo para aplicar até US$ 60 milhões (aproximadamente R$ 194 milhões) em start-ups brasileiras.

A companhia pretende investir em 10 a 15 empresas nos próximos quatro anos.

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O alvo do fundo serão empresas que conectam serviços locais e off-line com a internet.

Entre as ferramentas que se enquadram na definição estão aplicativos para pedir comida, chamar táxis ou motoboys e agendar horários em salões de beleza.

Dependendo das condições do mercado, o valor dedicado ao fundo pode dobrar no curto prazo, diz Yan Di, diretor da empresa no Brasil.

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Esse é o primeiro fundo de capital de risco da Baidu lançado fora da China. A empresa informa que, em seu país de origem, investe em mais de 20 empresas de internet.

Yan Di afirma que o Baidu busca participações minoritárias em companhias que já estejam com produtos lançados no mercado e que possuam clientes precisando de apoio para acelerar sua expansão.

O executivo diz que o dinheiro não é o principal apoio que o Baidu pode dar às empresas investidas. De acordo com ele, as empresas selecionadas terão ajuda tecnológica, expertise para o desenvolvimento dos produtos e possibilidade de acessar a um público de 40 milhões de brasileiros (se considerados os usuários de todos os serviços oferecidos pela companhia no país).

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CRISE E INVESTIMENTO

Ele diz que a crise brasileira, em vez de diminuir o interesse em investimentos no Brasil, abre oportunidades.

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"Os ativos brasileiros estão baratos e, com a recuperação econômica que está começando, eles vão se valorizar."

Segundo Yan Di, o desenvolvimento do setor no Brasil é incipiente. O país passa por etapa semelhante à vivida na China no início da década e que deu origem a empresas bilionárias.

Como parte da aposta neste segmento, o Baidu comprou o Peixe Urbano (antes um site de compras coletivas e hoje plataforma para compra de serviços locais com descontos) em 2014. Após a aquisição, a empresa cresceu 100% em um ano, diz o diretor.

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Para o futuro, o Baidu pretende usar a estrutura do Peixe Urbano para desenvolver um marketplace de serviços locais. No caso, uma plataforma que permite acessar ferramentas de uma série de outras, como comprar comida, pedir táxis ou agendar um salão de belezas, explica.

Também na direção de fomentar o setor, o Baidu incentivou a criação da Associação Brasileira de O2O (serviços on-line para o off-line), em 2015, da qual Yan Di é presidente.

A associação conta com mais de 40 empresas. Fazem parte dela start-ups como 99 Táxi e Easy Táxi (transporte de passageiros), iFood e Restorando (alimentação), Rapiddo e Loggi (entregas) e GetNinjas (profissionais em geral).

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Yan Di confirma que parte das investidas pela empresa pode ser formada por membros da associação.

As empresas que receberem investimentos do Baidu podem, após período de desenvolvimento, ser compradas pelo Baidu, por outra empresa de tecnologia ou abrir seu capital em bolsa de valores.

RAIO-X

BAIDU, em 2015

Faturamento - US$ 10,2 bilhões

Lucro Líquido - US$ 52 milhões

Funcionários - 46 mil

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