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Cartões de lojas e empréstimos elevam inadimplência em 27 capitais

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Empréstimos e cartões de loja são os principais vilões da inadimplência, segundo pesquisa -realizada em 27 capitais- com consumidores inadimplentes pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). De acordo com o levantamento

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.09.2016, 15:18:58 Editado em 27.09.2016, 15:20:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Empréstimos e cartões de loja são os principais vilões da inadimplência, segundo pesquisa -realizada em 27 capitais- com consumidores inadimplentes pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). De acordo com o levantamento, divulgado nesta terça (27), cerca de 7 em cada 10 (76,1%) entrevistados que contrataram algum empréstimo estão inadimplentes porque não pagaram as parcelas em dia. As compras feitas no cartão de loja aparecem logo em seguida, deixando 73,1% dos seus usuários com o nome no cadastro de devedores. As informações são da Agência Brasil.

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Os percentuais se mantiveram estáveis na comparação com o ano passado (74,5% para empréstimos e 74,6% para cartões de loja), mas apresentaram alta na comparação com 2014, quando a crise econômica ainda não havia atingido o seu auge, informou o SPC Brasil.

Pagamentos atrasados no crediário ou carnê (62,5%), as parcelas pendentes no cartão de crédito (62,1%) e o cheque especial (46,9%) vêm em seguida como as modalidades de crédito que mais levaram os entrevistados à inadimplência.

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Essas duas últimas modalidades mostraram queda significativa frente a 2015, quando as percentuais haviam sido de 73,6% para o cartão de crédito e de 67,8% para o cheque especial.

O estudo revela, ainda, que muitos estão com restrição ao crédito porque deixaram de pagar em dia contas com algum tipo de serviço. Neste caso, a principal conta responsável por deixar os consumidores com o nome sujo é a de telefone fixo e celular, citada por 14,7% dos entrevistados que possuem esse tipo de compromisso (em 2015, o percentual de atrasos era de 21,7%).

Em segundo lugar, aparecem as pendências com mensalidades escolares, citadas por 9,1% dos entrevistados (em 2015 eram 16%).

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Atrasos junto às operadoras de TV por assinatura (7,1%), plano de saúde (6,8%), contas de água e luz (6,1%), aluguel (2,2%) e mensalidade do condomínio (2,2%) completam o ranking dos vilões da inadimplência, quando se tratam das dívidas não bancárias.

Embora a inadimplência apresente patamar elevado em alguns tipos de dívidas, o consumidor brasileiro está evitando assumir novos compromissos financeiros. A pesquisa do SPC Brasil mostrou queda no percentual de inadimplentes que admitiram ter contas assumidas frente a 2015, estivessem elas em dia ou em atraso, em praticamente todos os compromissos pesquisados.

Dentre as dívidas bancárias, o maior recuo foi observado no cartão de crédito. Em 2014, 69,9% dos inadimplentes entrevistados tinham essa modalidade de conta como um compromisso fixo do seu orçamento -estivessem elas atrasadas ou não-, percentual que recuou para 57,5% em 2015 e agora caiu ainda mais para 40,4% em 2016.

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Também houve recuo do cartão de loja: de 61,2% em 2014 para 55,2% em 2015 e finalmente para 47,5% em 2016. A única dívida bancária que aumentou a sua incidência entre os inadimplentes na comparação frente ao ano passado foi o financiamento de automóvel, que passou de 10% em 2015 para 12,8%.

No setor de serviços também foi observada uma redução na quantidade de compromissos assumidos. O percentual de consumidores inadimplentes que destinam parte de seus rendimentos para pagar contas de água e luz caiu de 65,0% em 2015 para 57,6% em 2016.

O mesmo aconteceu com os entrevistados que têm despesas fixas com contas de telefone (de 50,7% para 41,9% em um ano), aluguel (de 25,3% para 22,8%), mensalidade de plano de saúde (de 18,2% para 12,1%) e compromissos escolares, como colégio ou faculdade (de 15,7% para 9,1%).

A pesquisa ouviu 602 consumidores inadimplentes, acima de 18 anos e de todas as classes sociais em 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de 4 pontos percentuais com margem de confiança de 95%.

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