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Desemprego só deve ceder em meados de 2017, dizem economistas

BRUNO VILLAS BÔAS RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os sinais de que o pior momento da crise ficou para trás não chegaram ainda ao mercado de trabalho. Segundo economistas, o desemprego deve continuar crescendo até meados do ano que vem. Para Igor Veleci

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.08.2016, 15:30:36 Editado em 30.08.2016, 15:35:10
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BRUNO VILLAS BÔAS

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os sinais de que o pior momento da crise ficou para trás não chegaram ainda ao mercado de trabalho. Segundo economistas, o desemprego deve continuar crescendo até meados do ano que vem.

Para Igor Velecico, economista do departamento de pesquisa do Bradesco, o ritmo de demissões no mercado deve ser menor no segundo semestre deste ano, mas a recuperação ainda vai demorar.

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"O mercado de trabalho reage com um a dois trimestres de defasagem a uma melhora na atividade econômica. Então só devemos ver uma queda da taxa de desemprego na metade de 2017", disse o economista.

O IBGE divulgou nesta terça-feira (30) que a taxa de desemprego foi de 11,6% no trimestre encerrado em julho, um recorde na série histórica da Pnad Contínua, iniciada no primeiro trimestre de 2012.

Para Velecico, o pico do desemprego será de 12,5% em meados do ano que vem. Só então o mercado de trabalho vai começar a gerar um número suficiente de vagas para absorver o aumento da procura por emprego.

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A avaliação é parecida com a do economista Daniel Silva, do Modal Asset. Ele não faz projeção da taxa de desemprego para o próximo ano, mas também avalia que uma recuperação só ocorrerá em 2017.

"O emprego é um dos últimos a reagir porque, durante a recessão, a economia ganha uma margem de ociosidade, a jornada de trabalho é reduzida. Antes de recontratar, isso precisa ser preenchido", diz Silva.

Em relatório, o Itaú diz que a tendência de aumento da taxa de desemprego -que pela série com ajuste sazonal avançou pelo 20º mês consecutivo- deve continuar "à frente", já que a queda da economia ainda não teve "impacto completo" no mercado.

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No trimestre encerrado no mês passado, o mercado tinha 1,8 milhão de pessoas ocupadas a menos, na comparação ao registrado um ano antes. Foi mais um dos vários recordes negativos da pesquisa.

Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, diz que o emprego formal, de carteira assinada, costuma ser o primeiro a sinalizar uma mudança de tendência no mercado de trabalho.

Foi assim em 2014, quando a geração de empregos com carteira de trabalho assinada começou a desacelerar, embora a taxa de desemprego ainda se mantivesse estável, disse o técnico do IBGE.

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