MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Dólar sobe 1,2%, para R$ 3,27, com apostas de alta dos juros nos EUA

EULINA OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar comercial fechou com valorização de 1,2% nesta sexta-feira (26), para a casa dos R$ 3,27, com o aumento das apostas de uma alta dos juros americanos ainda neste ano. No encontro anual de presidentes de

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.08.2016, 17:54:31 Editado em 26.08.2016, 17:55:10
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

EULINA OLIVEIRA

continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar comercial fechou com valorização de 1,2% nesta sexta-feira (26), para a casa dos R$ 3,27, com o aumento das apostas de uma alta dos juros americanos ainda neste ano.

No encontro anual de presidentes de bancos centrais em Jackson Hole (Wyoming), a presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, afirmou que a possibilidade de alta das taxas aumentou nos últimos meses, mas que ela será gradual.

continua após publicidade

A dirigente disse que "a economia dos EUA está se aproximando das metas do Fed de pleno emprego e estabilidade de preços", mas não indicou quando o BC vai voltar a aumentar a taxa.

A leitura inicial dos investidores foi de que, com o discurso, Yellen afastou um aumento dos juros já em setembro. Desta forma, moeda chegou a cair mais de 1% frente ao real, para abaixo de R$ 3,20.

O dólar já recuava globalmente desde cedo frente às principais moedas nesta sexta-feira, depois que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) americano foi revisado de 1,2% para 1,1% no segundo trimestre. O movimento de baixa da moeda americana foi ampliado com o discurso de Yellen.

continua após publicidade

Entretanto, na sequência, o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, afirmou que Yellen deixou aberta a possibilidade de uma elevação das taxas no próximo mês. Foi o suficiente para o dólar inverter o sinal no mundo todo e passar a subir.

Segundo a agência Bloomberg, a probabilidade de uma alta dos juros nos Estados Unidos subiu nesta sexta-feira para 42% em setembro, ante estimativas anteriores por volta de 30%.

O Ibovespa, que chegou a avançar mais de 1,3% após a fala de Yellen, chegou a recuar, mas encerrou o pregão praticamente estável.

continua após publicidade

"Agora, as atenções do mercado se voltam para os dados de emprego de agosto nos Estados Unidos, que saem no próximo dia 2", avalia José Faria Júnior, diretor-técnico da Wagner Investimentos. "Se os números vierem fortes, aumentarão as chances de uma alta dos juros em setembro."

Para Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, o dólar caiu em um primeiro momento porque Yellen citou o uso de estímulos econômicos, como compras de títulos, em caso de necessidade. "Aí veio o discurso do Fischer e corrigiu a interpretação do mercado", afirma. "O Fed vem mostrando que está comprometido em subir os juros, sim."

continua após publicidade

Nos últimos dias, vários integrantes do BC americano, incluindo Fischer, indicaram que um aumento dos juros americanos está próximo por causa da força da economia americana.

No campo doméstico, o mercado aguarda a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, até o início da próxima semana.

DÓLAR E JUROS

continua após publicidade

O dólar comercial terminou o pregão em alta de 1,20%, a R$ 3,2710 —a maior cotação desde o dia 1º de agosto (R$ 3,2730). A moeda americana à vista subiu 0,40%, a R$ 3,2398

Pela manhã, como tem ocorrido diariamente, o Banco Central leiloou 10.000 contratos de swap cambial reverso, no montante de US$ 500 milhões.

No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 encerrou estável, a 13,990%; o DI para janeiro de 2018 subiu de 12,730% para 12,750%; e o DI para janeiro de 2021 avançou de 11,990% para 12,110%.

continua após publicidade

O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, porém, perdia 0,53%, aos 259,712 pontos.

BOLSA

continua após publicidade

O principal índice da Bolsa paulista terminou em baixa de 0,01%, aos 57.716,25 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,3 bilhões.

As ações da Petrobras subiram 0,15%, a R$ 12,55 (PN), e 0,74%, a R$ 14,96 (ON). Os preços do petróleo ficaram perto da estabilidade.

Os papéis da Vale caíram 2,20%, a R$ 15,07 (PNA), e 2,58%, a R$ 17,71 (ON), seguindo a queda do minério de ferro na China.

No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ganhou 1,21%; Bradesco PN, +1,38%; Bradesco ON, +0,31%; Banco do Brasil ON, +2,04%; Santander unit, +0,26%; e BM&FBovespa ON, -0,44%.

EXTERIOR

Em Nova York, o índice S&P 500 perdeu 0,16% e o Dow Jones, -0,29%. O índice da Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 0,13%.

Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em alta de 0,31%; Paris, +0,80%. Frankfurt, +0,55%; Madri, +0,70%; e Milão, +0,80%.

Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 0,06%. O índice de Xangai ganhou 0,07% na sessão.

O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio caiu 1,18%, pressionado pelo fortalecimento do iene.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Dólar sobe 1,2%, para R$ 3,27, com apostas de alta dos juros nos EUA"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!