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Mercedes faz acordo com sindicato e desiste de demitir cerca de 2.000

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Mercedes-Benz desistiu de demitir cerca de 2.000 trabalhadores da fábrica da em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Desde o dia 15 de agosto, os quase 10 mil funcionários da planta estavam de licença remunerada e a produ

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.08.2016, 15:08:49 Editado em 24.08.2016, 15:10:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Mercedes-Benz desistiu de demitir cerca de 2.000 trabalhadores da fábrica da em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Desde o dia 15 de agosto, os quase 10 mil funcionários da planta estavam de licença remunerada e a produção, suspensa.

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Após negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a empresa concordou em suspender as rescisões de contrato e abrir um novo programa de demissão voluntária (PDV) entre os dias 24 e 31 de agosto e dar estabilidade no emprego aos demais funcionários até 31 de dezembro de 2017.

No acordo firmado, os funcionários que optarem pelo programa vão receber indenização de R$ 100 mil, independentemente do tempo de trabalho na empresa ou da idade.

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A meta é que 1.400 pessoas se desliguem da empresa por meio da programa, para reduzir o excedente no quadro, hoje calculado em cerca de 2.500 pessoas, segundo a montadora.

A queda nas vendas durante a crise econômica e consequente redução na produção criou uma ociosidade permanente de 50% na empresa nos últimos dois anos, diz a Mercedes.

Caso a meta de 1.400 pessoas não seja alcançada, a empresa vai avaliar a adoção de outras medidas para redução do quadro.

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Os trabalhadores, por sua vez, abriram mão de reposição da inflação de 2016 nos salários ao longo próximo ano.

CRISE

Desde 2013, a Mercedes-Benz vem adotando medidas para reduzir seu quadro de funcionários na fábrica de São Bernardo do Campo, que produz caminhões e ônibus.

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Até o final do passado, 3.200 vagas foram cortadas no Brasil, de acordo com o balanço de resultados mais recente da Daimler. De janeiro a junho deste ano, a despesa da empresa com demissões foi de 33 milhões de euros. A expectativa é que o gasto chegue a 100 milhões de euros até dezembro, segundo o documento.

Além de ter aderido ao PPE, diminuindo jornada e salários, a empresa realizou layoffs (suspensão temporária do contrato de trabalho) e programas de demissão voluntária (PDVs). O último PDV, que ocorreu entre 1º de junho e 25 de julho, teve a adesão de 630 funcionários.

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A montadora atribui a medida à queda na demanda em razão da desaceleração econômica, o que obrigou a empresa a diminuir a produção.

Entre janeiro e julho deste ano, a Mercedes-Benz vendeu 8.783 caminhões e 4.098 ônibus, queda de 23,2% e 27,7% em comparação ao mesmo período do ano passado, respectivamente.

A crise atinge outras empresas do setor. Além da Mercedes, outras duas montadoras com fábricas em São Bernardo do Campo estão com a produção parada na cidade, um dos principais polos da indústria automobilística no Brasil.

No total, aproximadamente 18 mil pessoas estão paradas na cidade, segundo levantamento da Folha com base em informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Nesta segunda (22), a Fiat também anunciou licença remunerada na fábrica em Betim (MG). A partir desta quarta, cerca de 4.000 trabalhadores da empresa na unidade entrarão em licença remunerada por um período de dez dias.

O objetivo da medida é "ajustar a produção à demanda de mercado", diz a empresa em comunicado.

Antes de adotar a medida, a montadora já havia feito paradas técnicas e dado férias coletivas.

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