LUCIANA DYNIEWICZ
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O desemprego argentino atingiu 9,3% no segundo trimestre deste ano, segundo o Idec (órgão equivalente ao IBGE).
Essa foi a primeira pesquisa sobre mercado de trabalho divulgada desde que Mauricio Macri chegou à Presidência, em dezembro de 2015.
O último dado disponível até então era referente ao terceiro trimestre de 2015, quando a taxa havia ficado em 5,9%.
As estatística do governo de Cristina Kirchner (2007-2015), porém, não são consideradas confiáveis. Funcionários do Idec à época denunciaram casos de manipulação de dados.
Cynthia Pok, uma das diretoras do instituto, disse nesta terça-feira (23) que não é possível saber qual foi o aumento do desemprego nos últimos meses, pois não há uma estatística anterior confiável com a qual se possa fazer a comparação.
Números do sistema previdenciário argentino, entretanto, indicam que 106.944 postos foram fechados apenas no setor privado desde que Macri assumiu até maio.
Na comparação de maio deste ano com o mesmo mês de 2015, o número de vagas encerradas foi de 59.840.
O desemprego, a retração da economia (que deverá ficar em -1,5% neste ano) e a inflação (cuja estimativa para 2016 é de 45%) são os principais motivos de insatisfação do argentino hoje.
O governo Macri não apresentará estatísticas do mercado de trabalho referentes ao último trimestre de 2015 e ao primeiro de 2016, pois, desde dezembro até agora, estava reelaborando a metodologia dos indicadores.
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