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ATUALIZADA - Bolsa sobe 11% em julho, o 2º melhor mês do ano; dólar avança 1,81%

EULINA OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa encerrou o mês de julho com valorização de 11,22%, aos 57.308,21 pontos, a maior desde março deste ano, quando subiu 16,97% com as apostas de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em 2016, o prin

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.07.2016, 18:39:46 Editado em 29.07.2016, 18:40:07
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EULINA OLIVEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa encerrou o mês de julho com valorização de 11,22%, aos 57.308,21 pontos, a maior desde março deste ano, quando subiu 16,97% com as apostas de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em 2016, o principal índice da Bolsa paulista acumula avanço de 32,20%.

Tanto no mês quanto no ano, o Ibovespa tem a maior alta entre os principais índices globais. Além disso, o índice da Bolsa paulista atingiu nesta sexta-feira (29) a maior pontuação desde 5 de maio de 2015, quando chegou aos 58.051,61 pontos.

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O dólar à vista, por outro lado, terminou o mês com valorização de 1,81%, influenciado pela volta da atuação do Banco Central no mercado de câmbio e pelo recuo do petróleo no mercado internacional.

Neste mês, os investidores intensificaram a compra de ações mirando o provável afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, no julgamento do impeachment no Senado, previsto para o fim de agosto.

Na visão do mercado, ao ser efetivado no cargo, o agora presidente interino Michel Temer terá mais condições para conduzir o ajuste fiscal e as reformas para recuperar a economia.

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"Os investidores estão comprando ações na Bolsa, que ainda estão baratas, diante da perspectiva de crescimento da economia a partir do ano que vem e de que as empresas voltem a ter lucros consistentes", afirma Alexandre Espírito Santo, economista da Órama Investimentos.

"A Bolsa ficou muito defasada nos últimos anos, e agora tenta recuperar o espaço perdido, podendo chegar aos 60.000 pontos este ano", diz Espírito Santo.

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira em alta de 1,13%. O giro financeiro foi de R$ 8,4 bilhões.

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Petrobras PN ganhou 3,75%, a R$ 11,87, e Petrobras ON, +5,02%, a R$ 14,01, apesar da queda do petróleo no mercado internacional, após a petroleira ter anunciado a venda de sua participação na área de Carcará, por US$ 2,5 bilhões, para a norueguesa Statoil.

Fora do Ibovespa, as ações ON da QGEP, que tem 10% da área de Carcará, dispararam 49,02%, a R$ 6,11.

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O setor financeiro se recuperou das perdas da véspera. Itaú Unibanco PN subiu 1,83%; Bradesco PN, +3,12%; Bradesco ON, +1,91%; Banco do Brasil ON, +1,83%; Santander unit, +2,56%; e BM&FBovespa ON, -0,57%.

As ações ON da BRF ganharam 6,47%, a R$ 54,30. A maior exportadora de aves do mundo anunciou que seu lucro líquido de abril a junho somou R$ 31 milhões, queda de 91,6% ante lucro de R$ 364 milhões no segundo trimestre de 2015. Analistas destacam, entretanto, que a receita líquida total da companhia cresceu 7,6%, para R$ 8,5 bilhões, impulsionada por preços médios mais altos e maiores volumes, devido às operações internacionais.

Vale PNA subiu 0,33%, a R$ 15,01, e Vale ON perdeu 2,83%, a R$ 18,50, influenciados pela queda do preço do minério de ferro na China.

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Entre as principais altas do Ibovespa, Natura ON subiu 11%, a R$ 33,30, e Usiminas PNA ganhou 10,62%, a R$ 3,75.

As ações ordinárias da Ambev, que têm forte peso no Ibovespa, perderam 3,29%, a R$ 18,80. A maior cervejaria da América Latina teve queda de 22,4% no lucro líquido do segundo trimestre, para R$ 2,195 bilhões, em resultado marcado por queda nas vendas em volume e que trouxe corte na perspectiva de receita da empresa no Brasil neste ano.

Os papéis ON da Embraer 15,45%, a R$ 14,83, liderando as perdas do Ibovespa. A fabricante brasileira de aviões informou nesta sexta-feira que sofreu prejuízo de R$ 337 milhões no segundo trimestre, revertendo resultado positivo obtido no mesmo período do ano passado.

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CÂMBIO E JUROS

O dólar à vista fechou o mês com valorização sobre o real de 1,81%, para a R$ 3,2426. No ano, acumula queda de 18,13%.

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O dólar comercial avançou 0,93% em julho, para R$ 3,2440. No acumulado do ano, recua 17,87%.

No mês passado, o BC voltou a intervir no câmbio, após ficar mais de 40 dias fora do mercado. A autoridade monetária voltou a realizar leilões de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares. Desta forma, o BC retirou do mercado cerca de US$ 9 bilhões, reduzindo seu estoque de swap cambial tradicional (correspondente à venda futura da moeda americana) para US$ 53,135 bilhões.

"A principal causa para a valorização do dólar em julho foi a volta da atuação do BC no câmbio, por meio dos leilões de swap cambial reverso", afirma Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

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Segundo Alessie, a queda do petróleo no mercado internacional foi outro fator que impediu a alta do real em julho. No mês, o petróleo Brent, negociado em Londres, recuou cerca de 14,5%, para US$ 42 o barril. As moedas de países emergentes, como o Brasil, são mais sensíveis à oscilação de commodities.

"O dólar também tem perdido força quando se aproxima dos R$ 3,20, por causa das incertezas em relação ao ajuste fiscal e enquanto não se define o afastamento da presidente Dilma Rousseff", acrescenta Alessie.

A moeda americana à vista fechou o pregão desta sexta-feira em baixa de 1,12%, e o dólar comercial em queda de 1,57%.

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O movimento seguiu o comportamento do dólar no cenário global, uma vez que a primeira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos veio bem abaixo das expectativas de economistas. Com isso, o dólar perdeu força globalmente, uma vez que o ritmo menos intenso de crescimento da economia americana amplia as apostas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) não aumentará os juros no curto prazo.

A forte queda do dólar no último pregão do mês influenciou o mercado de juros futuros, principalmente nos prazos mais longos. O contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,995% para 13,975%; o contrato de DI para janeiro de 2018 recuou de 12,910% para 12,830%; o DI para janeiro de 2021 baixou de 12,080% para 12,000%.

O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, recuava 1,39%, aos 291,092 pontos.

EXTERIOR

Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 subiu 0,16%; o Dow Jones, -0,13%; e o Nasdaq, +0,14%, sob o impacto do PIB americano mais fraco que o esperado no segundo trimestre.

As ações da Alphabet subiram 3,33%, a US$ 791,34. A receita da empresa que controla o Google subiu 21,3% no segundo trimestre, acima do esperado, após fortes vendas de anúncios em aparelhos móveis e para conteúdo de vídeo.

Na Europa, a Bolsa de Londres terminou o pregão desta sexta-feira em alta de 0,05%; Paris, +0,44%; Frankfurt, +0,61%; Madri, +1,27%; e Milão, +1,96%. As Bolsas europeias foram impulsionadas por resultados corporativos positivos e pela alta das ações de bancos.

Na Ásia, a maioria das Bolsas fechou em baixa, mas o índice japonês Nikkei se recuperou e terminou em alta de 0,56%.

O banco central do Japão dobrou as compras de ETFs (fundos de índice), mas manteve a meta da base monetária em 80 trilhões de ienes (US$ 775 bilhões), assim como o ritmo de compras de ativos, incluindo títulos do governo japonês. Também manteve a taxa de juros de 0,1% que cobra de uma porção de reservas em excesso que as instituições financeiras deixam no banco central.

O anúncio decepcionou os investidores, que esperavam um pacote maior de estímulos. O iene se valorizou fortemente ante o dólar.

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