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ATUALIZADA - Com provisão para Samarco, lucro da Vale cai 30% no 2º trimestre

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Vale anunciou nesta quinta-feira (28) um lucro líquido de R$ 3,585 bilhões no segundo trimestre de 2016, 30% a menos do que no mesmo período do ano anterior. Na comparação com o primeiro trimestre, a que

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.07.2016, 15:07:40 Editado em 28.07.2016, 15:10:12
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NICOLA PAMPLONA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Vale anunciou nesta quinta-feira (28) um lucro líquido de R$ 3,585 bilhões no segundo trimestre de 2016, 30% a menos do que no mesmo período do ano anterior. Na comparação com o primeiro trimestre, a queda é de 43%, apesar da alta nas vendas e da melhora nos preços do minério de ferro.

Segundo a companhia, a queda no resultado deveu-se principalmente à provisão de R$ 3,7 bilhões anunciada na quarta-feira (27) para cobrir os custos de remediação da área atingida pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG).

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Em dólares, o lucro líquido do segundo trimestre foi de US$ 1,1 bilhão, queda de 34% com relação ao mesmo período de 2015.

"Foi um trimestre de melhorias sequenciais dos principais objetivos da companhia", afirmou o diretor financeiro da Vale, Luciano Siani, em vídeo postado na página da empresa na internet.

Ele citou como exemplos o recorde de produção de minério de ferro na mina de Carajás, no Pará, de 36,5 milhões de toneladas, e a redução do custo de entrega do produto na China, para US$ 30,3 por tonelada.

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"Foi o menor custo da história recente da companhia que, portanto, segue firme para encarar o ambiente de preços mais desafiadores", ressaltou.

A mineradora também registrou recordes, para um segundo trimestre, na produção de níquel, cobre e ouro.

Em conferência com analistas o presidente da companhia, Murilo Ferreira, ressaltou que, apesar da queda no lucro, o balanço trouxe evoluções em outros indicadores.

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Com melhores preços e recorde de produção, a receita cresceu 5% na comparação com o primeiro trimestre, para R$ 23,203 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, a alta foi de 8%.

A geração de caixa medida pelo indicador Ebitda cresceu 22% na comparação anual, para R$ 8,341 bilhões, como resultado de uma "estupenda redução de custos", segundo Ferreira.

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"Apesar das pressões inflacionárias", afirmou, o custo da produção de minério caiu de R$ 47,5 por tonelada, no primeiro trimestre, para R$ 45,1.

DÍVIDA

No primeiro semestre de 2016, a Vale acumula lucro de R$ 9,896 bilhões. Em 2015, no mesmo período, teve prejuízo de R$ 4,395 bilhões.

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Ainda assim, a companhia sinaliza que não pretende distribuir dividendos neste momento. "Enquanto não tivermos evidência de um balanço sólido para enfrentar qualquer preço do minério, não vamos fazer comentário sobre o assunto", disse Siani aos analistas.

Segundo ele, a companhia "permanece 100% focada" na redução de sua dívida.

No segundo trimestre, a empresa pagou US$ 375 milhões em empréstimos. Em dólares, porém, a dívida líquida da companhia caiu menos, de US$ 27,661 bilhões para US$ 27,508 bilhões, devido ao impacto da valorização do real no período.

Uma redução maior depende do programa de desinvestimentos da empresa. Ferreira disse que pretende anunciar, ainda este ano, três novas vendas de ativos. Ele não quis, porém, adiantar quais são.

SAMARCO

O presidente da Vale evitou projeções sobre o retorno das operações da Samarco, suspensas desde a tragédia de Mariana. Ele informou que o tema depende de decisão sobre o destino dos rejeitos da mina, uma vez que as barragens estão danificadas.

Segundo o executivo, há negociações em curso com a BHP Billiton para que instalações da Vale em Minas Gerais sejam usadas para "colaborar com na retomada da Samarco".

"A Samarco precisa de uma solução de longo prazo, sustentável, que contemple os rejeitos", afirmou.

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