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Ações do Bradesco recuam 4% e do Pão de Açúcar perdem 9% após balanços

EULINA OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Resultados financeiros fracos de empresas no segundo trimestre deste ano e o recuo do petróleo pressionam as Bolsas globais. O mesmo acontece com o Ibovespa, que perdia há pouco 1,4%, aos 56.055 pontos. As açõe

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.07.2016, 13:05:46 Editado em 28.07.2016, 13:10:11
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EULINA OLIVEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Resultados financeiros fracos de empresas no segundo trimestre deste ano e o recuo do petróleo pressionam as Bolsas globais. O mesmo acontece com o Ibovespa, que perdia há pouco 1,4%, aos 56.055 pontos. As ações de Bradesco, Vale, e Pão de Açúcar e Usiminas registram queda, após as companhias divulgarem seus balanços relativos ao segundo trimestre.

Os papéis do Bradesco recuavam há pouco 3,85% (PN), e 3,18%, (ON). O banco registrou lucro líquido recorrente -que exclui efeitos extraordinários-de R$ 4,161 bilhões no segundo trimestre, queda de 7,62% em relação ao mesmo período de 2015.

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Além disso, a inadimplência do banco acima de 90 dias registrou forte alta no segundo trimestre. O índice foi de 4,6%, ante 3,7% no mesmo período de 2015 e 4,2% nos três meses anteriores. Foi o sexto trimestre seguido de alta do indicador.

"O trimestre foi ruim, o que já esperávamos, contando com elevação na inadimplência, queda na carteira de crédito, queda no lucro e elevação das despesas com PDD {Provisão para Devedores Duvidosos]", escreve o analista Lenon Borges, da Ativa Corretora, em comentário ao mercado.

"Também chamou atenção a revisão do guidance [projeção] de despesas com PDD para 2016 anunciado pelo banco, que agora estima algo entre R$ 18 e R$ 20 bilhões -antes estava entre R$ 16,5 e R$ 18,5 bilhões. O que se deve principalmente ao aumento da inadimplência em todas as linhas de crédito e também a caso mais específicos de recuperação judicial de um grande cliente", acrescenta Borges.

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Além disso, a Justiça Federal em Brasília acolheu a denúncia feita pela Procuradoria da República na capital contra o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove suspeitas de negociarem pagamento de propina a integrantes do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).

Trabuco e outros dois executivos do banco, o diretor vice-presidente, Domingos Figueiredo de Abreu, e o diretor gerente e de relações com investidores Luiz Carlos Angelotti, já haviam sido indiciados pela Polícia Federal, com base nos mesmos fatos.

Outras ações do setor financeiro também caíam: Banco do Brasil ON, -3,39%; Itaú Unibanco PN, -1,60%; Santander unit, -0,49%; e BM&FBovespa ON, -0,10%.

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PÃO DE AÇÚCAR, VALE E USIMINAS

As ações PN do Pão de Açúcar caíam 9,4%. O grupo teve prejuízo de R$ 583 milhões no segundo trimestre, ampliando resultado negativo de R$ 13 milhões registrado para o mesmo período do ano passado, informou a maior rede de varejo do país.

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Apesar da alta do minério de ferro na China, Vale PNA perdia 0,13%, mas Vale ON subia 0,36%. A mineradora anunciou um lucro líquido de R$ 3,585 bilhões no segundo trimestre de 2016, 30% a menos que no mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, a queda no resultado deveu-se principalmente à provisão de R$ 3,7 bilhões anunciada na quarta-feira (27) para cobrir os custos de remediação da área atingida pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG).

Usiminas PNA recuava 4,22%; fora do Ibovespa, Usiminas ON caía 5,65%. A siderúrgica divulgou o oitavo resultado trimestral negativo consecutivo, mas os números mostraram uma redução no prejuízo, em meio à suspensão de obrigações financeiras de empresa junto a bancos credores e esforços de reestruturação de suas operações. A companhia teve prejuízo líquido de R$ 123 milhões no segundo trimestre, ante resultados negativos de R$ 151 milhões no primeiro trimestre e de R$ 781 milhões entre abril e junho de 2015.

PETROBRAS

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As ações da Petrobras são influenciadas pela queda do petróleo no mercado internacional. Petrobras PN perdia há pouco 2,17% e ON, -2,57%.

O petróleo Brent, negociado em Londres, recuava 1,27%, a US$ 42,92; o petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, caía 1,24%, a US$ 41,40. A commodity cai por causa das preocupações do mercado em relação ao excesso de oferta global.

CÂMBIO E JUROS

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A queda do petróleo impede uma maior valorização dor real. O dólar perde força globalmente, depois que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) sinalizou que fará apenas um aumento dos juros neste ano, provavelmente em dezembro.

A moeda americana à vista perdia há pouco 0,29%, a R$ 3,278, enquanto o dólar comercial subia 0,21%, a R$ 3,280.

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O Banco Central leiloou nesta manhã mais 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões.

Além disso, o câmbio sofre influência da formação do mês, nesta sexta-feira (29). A taxa, calculada pelo BC, serve de referência a vários contratos cambiais..

No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 13,980% para 13,995%; o contrato de DI para janeiro de 2018 avançava de 12,840% para 12,900%; o DI para janeiro de 2021 subia de 12,050% para 12,080%.

O CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 0,89%, aos 295,242 pontos.

EXTERIOR

As Bolsas globais também reagem a resultados corporativos do segundo trimestre, alem do recuo do petróleo. Os mercados aguardam ainda a decisão de política monetária do banco central do Japão, nesta sexta-feira (29), que pode anunciar mais estímulos monetários.

Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 perdia 0,20%; o Dow Jones, -0,47%; e o Nasdaq, -0,06%.

Na Europa, a Bolsa de Londres perdia 0,13%; Paris, -0,35%; Frankfurt, -0,16%; Madri, -1,82%; e Milão, -1,65%.

As Bolsas chinesas fecharam em leve alta nesta quinta-feira. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve alta de 0,09%, enquanto o índice de Xangai ganhou 0,1%.

O índice japonês Nikkei terminou com queda de 1,13%, pressionado pelo iene mais forte e pelo nervosismo antes da decisão de política monetária do banco central japonês.

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