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Azevêdo anuncia que disputará reeleição a diretor-geral da OMC

ISABEL FLECK SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o brasileiro Roberto Azevêdo, 58, anunciou nesta quarta-feira (27), em Genebra, que concorrerá à reeleição para mais quatro anos à frente do organismo, a p

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.07.2016, 22:16:04 Editado em 27.07.2016, 22:20:08
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ISABEL FLECK

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o brasileiro Roberto Azevêdo, 58, anunciou nesta quarta-feira (27), em Genebra, que concorrerá à reeleição para mais quatro anos à frente do organismo, a partir de 2017.

A candidatura será oficializada entre outubro e dezembro (a decisão final sai em maio), e o anúncio, meses antes, abafa rumores de que ele poderia voltar ao Brasil para concorrer a um cargo eletivo.

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Ainda não circulam nomes de eventuais concorrentes, e a avaliação em Genebra é que são fortes as chances de reeleição do brasileiro.

Em 2013, ele disputou com o ex-ministro mexicano Herminio Blanco. Na interpretação à época do governo de Dilma Rousseff, a vitória deveu-se, em grande parte, ao apoio das nações africanas e dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) -o que seria um resultado da chamada política Sul-Sul.

"Eu não teria apresentado minha candidatura [à reeleição] se não me sentisse muito confortável com as reações que tenho percebido dos [países-]membros", disse Azevêdo à reportagem, por telefone.

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A OMC tem hoje 163 países-membros, e a votação é feita por meio de rodadas eliminatórias. Entre os dois últimos, vence quem tiver maioria.

Azevêdo diz que não vai "fazer campanha". "Os membros já me conhecem: sabem o que eu penso, que passos estou planejando."

Uma de suas propostas para um segundo mandato é seguir desmembrando os temas da Rodada Doha (de liberalização do comércio global) para fazer as questões mais urgentes avançarem, como feito com o acordo de facilitação de comércio em Bali, em 2013.

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"No passado, vínhamos fracassando em todas as reuniões porque estávamos tentando atingir o inalcançável", diz. Ele defende seguir a "mudança de paradigma" proposta por sua gestão, que incluiu "dar um passo do tamanho das pernas" e ter "flexibilidade para acomodar as diferentes realidades dos vários membros".

Sobra a Rodada Doha, especificamente, Azevêdo diz não ver "condições de fechar o hiato que existe entre as posições" neste momento.

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"A rodada Doha, em um determinado momento, ficou fora de alcance. Mas ela tem elementos incontornáveis, que não podem ser tirados da mesa nem varridos para debaixo do tapete, como por exemplo a área agrícola -os subsídios agrícolas precisam ser tratados", diz.

Ele defende que é preciso "ser realista sobre o que conseguimos fazer". "Querer resolver todos esses problemas ao mesmo tempo me parece ambicioso demais para a realidade política que nós temos hoje."

BRASIL

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A candidatura foi respaldada pelo governo brasileiro na mesma reunião em Genebra em que Azevêdo anunciou que concorreria. O secretário-geral do Itamaraty, Marcos

Galvão, disse que ele poderá "contar com o mesmo nível de apoio e a mesma prioridade de engajamento de Brasília" vistos na sua eleição, em 2013.

No discurso de posse de José Serra no Itamaraty, em maio, o novo chanceler criticou a demora nas negociações na OMC e o fato de o Brasil ter se "agarrado exclusivamente" a elas no governo anterior.

Azevêdo, porém, descarta a ideia de que haja um desinteresse do governo Temer pelo organismo multilateral.

"Nas nossas conversas, Serra sempre deixou claro que o Brasil seguirá apostando na OMC e vai seguir outros caminhos também."

O brasileiro ainda descarta que a crise política no país possa afetar sua candidatura à reeleição. "A essa altura do campeonato, os membros aqui me reconhecem como o diretor-geral dos membros. Não é mais o candidato brasileiro."

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