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Lucro do Santander Brasil cresce 7,8% no 2º trimestre e atinge R$ 1,8 bilhão

FERNANDA PERRIN SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Santander Brasil anunciou nesta quarta-feira (27) que seu lucro líquido recorrente atingiu R$ 1,806 bilhão no segundo trimestre, alta de 7,8% na comparação com o mesmo período de 2015 e de 8,8% em relação aos

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.07.2016, 12:48:51 Editado em 27.07.2016, 12:50:09
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FERNANDA PERRIN

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Santander Brasil anunciou nesta quarta-feira (27) que seu lucro líquido recorrente atingiu R$ 1,806 bilhão no segundo trimestre, alta de 7,8% na comparação com o mesmo período de 2015 e de 8,8% em relação aos três primeiros meses deste ano.

O resultado positivo decorre de um melhor desempenho no varejo, com aumento da base de clientes e do número de transações, da diversificação de produtos para o agronegócio e da atuação do banco em fundos, afirma Sérgio Riel, presidente da filial brasileira do banco.

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A captação total no segundo trimestre foi de R$ 518,4 bilhões, alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e 5% na comparação com o segundo trimestre de 2015. Em 12 meses, letras financeiras e fundos foram os responsáveis pelas maiores altas (28% e 25,6%, respectivamente), enquanto a poupança sofreu retração de 5,7%.

Outro produto cujo projeto deve começar no próximo ano é uma securitizadora, mercado em estágio inicial no Brasil, na visão do presidente do Santander. "Com a Selic acima de 14% não vai haver interessados, mas quando for um dígito, sim", disse.

A carteira de crédito recuou 4% em relação ao segundo trimestre de 2015, para R$ 244,3 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, a queda foi de 1,6%.

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Já a carteira de crédito ampliada -que Inclui outras operações com risco como debêntures, FDIC, CRI, notas promissórias, notas promissórias de colocação no exterior, ativos relacionados a atividades de adquirência e avais e fianças- caiu 1,2% na comparação entre o primeiro e o segundo trimestres do ano, totalizando R$ 308,4 bilhões.

A redução do crédito foi maior no financiamento ao consumo, que caiu 9,6% em 12 meses, seguido do crédito para pequenas e médias empresas (-8,8%) e para grandes empresas (-8,7%). O único crédito que teve variação positiva no ano foi à pessoa física (6,5%).

Na comparação entre os trimestres, o crédito para pequenas e médias empresas sofreu a maior retração (-4,6%), seguido por grandes empresas (-3%) e financiamento ao consumo (-2,3%).

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A qualidade da carteira permaneceu estável. No segundo trimestre, a taxa de inadimplência acima de 90 dias foi de 3,2%, um ponto percentual menor do que a registrada no primeiro trimestre e igual à do mesmo período do ano passado.

Riel não comentou se a elevação refletem a crise da Sete Brasil e da Oi, que entraram com pedido de recuperação judicial nos últimos meses. Ele afirmou apenas que casos do tipo têm peso "imaterial" no balanço porque casos de inadimplência de até 90 dias que depois são regularizados são comuns.

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"Não há nesse momento riscos que eu vejo ou tendências negativas que poderiam impactar a inadimplência pós-90 dias no terceiro trimestre", disse o presidente do banco.

A provisão do Santander Brasil para perdas com inadimplência cresceu 3,7% entre os trimestres e 7,6% no ano, totalizando R$ 2,5 bilhões. Os números baixos indicam que o banco espera ter menos perdas com calotes nos próximos meses.

Segundo Riel, o banco reduziu sua participação em grandes grupos econômicos nos últimos 20 meses. "Proporcionalmente, nossa participação é menor, então nossa exposição [a riscos] é menor", disse.

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FGTS

Riel confirmou o interesse do Santander Brasil nos fundos do FGTS, hoje monopólio da Caixa, mas negou que mantenha conversas com o governo sobre o assunto.

"Monopólios não são bons para o Brasil. Não estamos de forma alguma advogando contra a Caixa, mas nossa posição é que existe um possível benefício ao trabalhador caso exista um contexto de maior concorrência, porque no final o FGTS é um beneficio do trabalhador", afirmou.

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De acordo com reportagem do jornal "O Globo", bancos privados, como o Santander e o Bradesco, têm interesse em acessar os recursos do fundo, atualmente sob administração exclusiva da Caixa. Uma mudança, porém, exige alteração do marco regulatório do FGTS.

CITI

O Santander estuda comprar o Citibank Brasil, que anunciou no começo do ano a intenção de vender sua operação no país. Outros bancos, como o Itaú Unibanco e o Safra têm interesse no negócio. É "muito provável" que o Santander formalize uma proposta pelo Citi, afirmou Riel, mas que "não há a menor chance que a gente se entusiasme", no sentido de oferecer uma oferta muito grande pela compra, uma vez que a operação do Citi é pequena.

EXPECTATIVAS

A expectativa do Santander Brasil para o segundo semestre é de melhora nos indicadores econômicos, como queda da taxa de juros e recuperação do PIB.

"Acho que o Brasil está tendo uma certa normalização, estamos reduzindo as incertezas. Acredito que a equipe econômica não só é muito boa, como existe sintonia. Só indivíduos bons não é suficiente. Existe uma sintonia muito grande e uma abertura muito grande de fazer as coisas certas. Vamos fazer primeiro aquilo que controlamos antes de pedir algo a sociedade", afirmou Riel.

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