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Vendas de iPhone caem 40%, e Apple perde espaço no Brasil

FELIPE MAIA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As vendas da Apple no Brasil não começaram bem 2016. No primeiro trimestre, a comercialização de iPhones caiu 40% em comparação com o mesmo período do ano passado, para 498 mil unidades, segundo dados da consultori

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.07.2016, 13:48:08 Editado em 26.07.2016, 13:50:04
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FELIPE MAIA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As vendas da Apple no Brasil não começaram bem 2016. No primeiro trimestre, a comercialização de iPhones caiu 40% em comparação com o mesmo período do ano passado, para 498 mil unidades, segundo dados da consultoria Gartner. A companhia viu sua participação de mercado cair para menos de 5%, enquanto a líder Samsung ampliou sua fatia.

No período, quase todos os grandes fabricantes venderam menos smartphones (25% de queda, para 10,6 milhões de unidades). Abalam o mercado fatores como a crise econômica e o próprio grau de desenvolvimento desses produtos -nove anos depois do lançamento do iPhone original, as empresas têm sofrido para apresentar novidades que incentivem uma troca mais acelerada.

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A Apple, entretanto, perdeu mais que a média. Entre os grandes fabricantes sua queda só foi menor que a da LG, que viu as vendas desabarem 58,4%, chegando a 980 mil unidades.

A Samsung perdeu 15%, o que, na prática, fez sua participação de mercado subir para 42%, mais um indício de ressurgimento da companhia sul-coreana, que até 2013 tinha mais da metade do mercado, mas enfrentou anos difíceis com produtos complicados do ponto de vista da aceitação do público, como o Galaxy S5, de 2014. A companhia tem uma gama de produtos bem maior que a da Apple, com modelos a partir de R$ 560.

SURPRESA

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O resultado da companhia liderada por Tim Cook, que divulga nesta terça-feira (26) seu balanço global para o segundo trimestre, surpreende porque no Brasil ela atua no segmento de smartphones que mais ganha mercado no país, o de smartphones mais caros, de mais de R$ 3.000.

De acordo com a consultoria IDC, no primeiro trimestre do ano passado esses aparelhos representaram 1,7% de todos os smartphones vendidos, índice que cresceu para 5,3% agora. Isso acontece, de acordo com a empresa, pelo aumento dos preços desses aparelhos e também porque o consumidor está ficando mais experiente (65% dos usuários já têm um celular inteligente, então querem algo mais avançado na hora de trocá-lo).

Uma das possíveis explicações para a queda é uma suavização da imagem da marca no Brasil como algo de classe superior. "A Apple sempre teve essa percepção como artigo de luxo, de marca", diz Diego Silva, analista de mercado da consultoria.

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Gradativamente, a companhia parece perder esse status. No lançamento do iPhone 6s, em São Paulo, em novembro, antes da abertura da loja oficial da empresa havia mais funcionários do que clientes na porta -algo que contrasta com as tradicionais filas que são marca do produto.

Silva espera, entretanto, que a situação tenha melhorado no segundo trimestre. Primeiro porque, segundo ele, o mercado como um todo apresentou uma recuperação -a empresa vai rever sua estimativa de vendas para o ano, de 41 milhões de aparelhos vendidos, uma retração de 13%. Em 2015, o mercado havia caído 13,4%.

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Segundo pelo lançamento do iPhone SE, uma versão mais modesta do smartphone, que chegou às lojas em março por R$ 2.700 (topo de linha da marca, o iPhone 6s custa a partir de R$ 3.999).

"Isso abre a Apple para uma parcela muito grande da população", afirma Silva.

VISÃO GLOBAL

No mundo o iPhone também não viveu seu melhor momento no início deste ano. Segundo dados da Apple, foram vendidas 51,2 milhões de unidades do aparelho no mundo, uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado (61,8 milhões).

A versão 6s foi recebida com frieza pelo mercado, já que não apresentava novidades que saltassem os olhos, além de uma câmera melhor, de 12 Mpixels, e a tecnologia 3D Touch, que "entende" a força do usuário para acionar diferentes funções.

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