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Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez serão revistos pelo governo

EDUARDO CUCOLO E GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo federal anunciou nesta quinta-feira (7) a revisão de benefícios por incapacidade -auxílio-doença e aposentadoria por invalidez- e do BPC/Loas (Benefício da Prestação Continuada da Lei Or

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.07.2016, 18:58:46 Editado em 07.07.2016, 19:00:11
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EDUARDO CUCOLO E GUSTAVO URIBE

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo federal anunciou nesta quinta-feira (7) a revisão de benefícios por incapacidade -auxílio-doença e aposentadoria por invalidez- e do BPC/Loas (Benefício da Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social).

A Previdência paga hoje 3 milhões de aposentadorias por invalidez, a um custo de R$ 3,6 bilhões por mês. Os benefícios deveriam ser revistos a cada dois anos, mas a revisão nunca aconteceu por falta de capacidade operacional do INSS.

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Para fazer essas perícias, o governo vai pagar um bônus aos peritos do instituto para aumentar o número de atendimentos em 100 mil por mês. Além da cota diária de perícias, o médico vai receber R$ 60 por atendimento dentro dessa revisão.

As perícias devem começar em agosto e priorizar pessoas que recebem o benefício há mais tempo. A previsão é que o processo de revisão dure dois anos.

Essas perícias vão incluir também a questão do auxílio-doença para quem recebe há mais de dois anos. Nesse caso, há hoje 840 mil benefícios pagos, boa parte obtida por meio de decisões judiciais.

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Nesse caso, há ainda uma segunda medida. Já existe uma recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para que juízes estabeleçam um prazo de pagamento do auxílio em duas decisões. O governo vai editar uma medida provisória para que, quanto o juiz não seguir essa recomendação, o pagamento possa ser cortado após 120 dias, exceto se o beneficiário pedir ao INSS perícia para prorrogar o auxílio.

O governo estima com as duas medidas uma economia de pelo menos R$ 6 bilhões por ano, com a revisão de 30% dos auxílios doença acima de dois anos e de 5% das aposentadorias por invalidez.

A regra não vale para auxílios concedidos antes da publicação da medida provisória, prevista para esta sexta-feira (8). Nesse caso, as pessoas serão convocadas para passar por nova perícia.

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"Nenhum segurado precisa correr à uma agência da Previdência para pedir o agendamento", afirmou Marcelo Siqueira, assessor da Casa Civil.

BPC/LOAS

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Em relação ao benefício da prestação continuada, a inscrição passará a ser feita por meio do CAD Único (mesmo cadastro do Bolsa Família e outros programas sociais) e o benefício será revisto a cada dois anos. Nesse caso, não há revisão desde 2008.

O BPC/LOAS é pago a 4,2 milhões de pessoas, idosos e deficientes com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo, uma despesa que foi de quase R$ 40 bilhões em 2015.

Nesse caso, o governo vai mudar as regras por meio de decreto.

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Hoje, 60% dos beneficiários não fazem parte do cadastro único. São 2,4 milhões de beneficiários, que terão dois anos para se cadastrar no CAD Único. Para novos beneficiários, a regra começa a valer em 120 dias, tempo para que o governo adapte o sistema de informática.

O impacto é estimado em R$ 800 milhões, com a revisão de 2% dos benefícios, índice verificado na época em que havia revisão do benefício.

SERVIDORES

O governo anunciou ainda que Estados e municípios poderão aderir ao Funpresp, a fundação de previdência complementar do servidor público federal.

O aporte de entrada no fundo será entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões, uma antecipação a ser descontada das contribuições futuras.

O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse que o governo mantém o objetivo de enviar ao Congresso a reforma da previdência neste semestre, mas que essas são medidas que podem ajudar nas contas da previdência ainda neste ano.

"Chegou a vez de ir colocando impedimentos a pagamentos que não são legitimamente devidos."

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