FLÁVIO FERREIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia em que o governo do presidente interino Michel Temer anunciou a decisão de recriar o Ministério da Cultura, após ceder a pressões, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles negou que possa haver recuo também em relação a medidas de austeridade planejadas pela gestão.
Meirelles falou à imprensa pouco antes de entrar em uma reunião com Temer, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o secretário-executivo de Parcerias, Moreira Franco, na tarde deste sábado (21) em São Paulo.
"As medidas de austeridade estão aí para ficar. Serão fundamentais para o equilíbrio das contas públicas, e mais importante, para que isso sinalize uma volta da confiança, e em consequência uma volta do crescimento", afirmou Meirelles.
Jucá confirmou o discurso de Meirelles ao dizer que as medidas de austeridade são um "mantra permanente " do atual governo e não haverá recuos quanto a esse tema.
"Já esperávamos um quadro de dificuldade, mas sem dúvida o quadro era pior do que a gente esperava, até porque há fatores novos como a questão da reestruturação da dívida dos Estados, que é algo que nós vamos ter que enfrentar e ajudar a resolver", declarou.
As medidas econômicas para aumento da arrecadação e redução das despesas serão detalhadas na segunda-feira (23) pelo presidente interino.
Em entrevista no Palácio do Planalto, o peemedebista explicará como tentará reduzir o rombo de R$ 170,5 bilhões das contas públicas, anunciado nesta sexta-feira (20).
A equipe econômica do governo Dilma Rousseff, afastada em razão de seu processo de impeachment, previa um deficit de R$ 96,7 bilhões.
'AVANÇO'
Em relação à retomada da pasta da Cultura, o chefe do Planejamento minimizou a existência de recuo.
"Não se trata de voltar atrás, se trata de avançar, já que havia uma grita, já que havia um pleito bastante amplo em nível nacional."
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.05.2016, 18:15:51 Editado em 27.04.2020, 19:50:18
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