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Bolsa sobe mais de 5% e dólar recua 2% com delação de Delcídio

EULINA OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A notícia de que, em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) comprometeu a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula fez a Bolsa subir mais de 5% e o

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.03.2016, 19:49:43 Editado em 27.04.2020, 19:52:29
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EULINA OLIVEIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A notícia de que, em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) comprometeu a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula fez a Bolsa subir mais de 5% e o dólar cair mais de 2% nesta quinta-feira (3).
O movimento de alta da Bolsa e de queda do dólar tem se repetido sempre que surge uma notícia que reforce um possível impeachment presidente Dilma Rousseff. "Investidores passaram a apostar que, com a delação de Delcídio, cresceram bastante as chances de impeachment de Dilma", afirma Alexandre Soares, analista da BGC Liquidez.
As ações de estatais dispararam e ajudaram o Ibovespa a fechar em alta de 5,12%, aos 47.193,39 pontos, o maior patamar desde 24 de novembro do ano passado, quando alcançou 48.284,19 pontos. O giro financeiro superou a média dos últimos dias e ficou em R$ 13 bilhões.
Detalhes do acordo de Delcídio foram veiculados pelo site da revista "Istoé", que publicou reportagem com trechos dos termos de delação. No entanto, Delcídio disse, por meio de nota, que não reconhece a autenticidade de documentos divulgados pela revista. A informação de que Delcídio fechou acordo de delação premiada foi confirmada à Folha por pessoas próximas às investigações da Lava Jato.
As ações preferenciais da Petrobras subiram 16,28%, a R$ 6,57, enquanto as ações ordinárias terminaram com ganho de 12,46%, a R$ 9,11. Os papéis do também estatal Banco do Brasil subiram 13,07%, a R$ 16,61. Fora do Ibovespa, as ações PNB da Eletrobras ganharam 5,80% (a R$ 10,58) e as ON avançaram 11,03, a R$ 6,54.
Os papéis PN da estatal mineira Cemig ganharam 14,72% (a R$ 7,01) e os ON –que não estão no íncide— subiram 15,24%, a R$ 7,03.
Além das estatais, as ações do setor financeiro reagiram com alta expressiva: Itaú Unibanco PN (+9,88%); Bradesco PN (+8,92%); Bradesco ON (+6,57%); Santander unit (+8,41%); e BM&FBovespa (+7,09%).
A mineradora Vale teve alta de 9,70% na ação PNA e 9,84% na ON. O mesmo movimento foi visto nas siderúrgicas: CSN ON (+15,04%), Usiminas PNA (+35,10%) e Gerdau (+7,73%). Outro destaque de alta foram as ações PN da Gol -que não estão no Ibovespa, com +39,19%.
Entre as poucas baixas do Ibovespa, Embraer ON perdeu 13,98% após divulgar seu balanço do quarto trimestre.
"Petróleo e Bolsas estáveis lá fora poderiam sugerir alguma realização por aqui, depois das fortes altas dos últimos dias, mas o foco por aqui está no noticiário político", escreveu o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos. "O mercado agradece toda vez que a chance de mudança no comando do país aumenta", acrescentou.
O dólar à vista recuou 2,11%, a R$ 3,8063 -a menor cotação desde 10 de dezembro de 2015 (R$ 3,7966). O dólar comercial perdeu 2,21%, a R$ 3,8030.
A euforia do mercado também influenciou os juros futuros, um dia após o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ter mantido a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. O contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 14,060% para 14,040% e o contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 15,300% para 15,070%.
Para analistas, depois que o Copom manteve a taxa Selic inalterada em 14,25%, com placar de votação em 6 a 2 -os votos contrários queriam elevação de 0,5%-, ficou afastada a possibilidade de queda da Selic no curto prazo, e a tendência era de que os juros futuros subissem nesta sessão. "Mas a queda do dólar aliviou os DIs por causa da menor pressão inflacionária", disse Soares, da BGC Liquidez.
Nesta quarta-feira (2), o Ibovespa também subiu e o dólar caiu com o noticiário político. Analistas e operadores apontaram como um dos fatores para o bom humor do mercado a informação de que o empresário Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da empreiteira OAS condenado a 16 anos de prisão na Operação Lava Jato, decidiu fazer um acordo de delação premiada, segundo a Folha de S.Paulo apurou junto a profissionais e investigadores que acompanham as negociações.
EXTERIOR
Nos EUA, os índices acionários terminaram em alta moderada: Dow Jones (+0,26%), S&P 500 (+0,35%) e Nasdaq, (+0,09%). Na Europa, as Bolsas fecharam com sinais divergentes: Londres (-0,27%), Paris (-0,20%), Frankfurt (-0,25%), Madri (+0,03%) e Milão (+0,78%). Na Ásia, a maioria das Bolsas fechou em alta.
O petróleo operava com volatilidade nesta sessão. Em Londres, o Brent ganhava há pouco 0,38%, a US$ 37,07 o barril; nos EUA, o WTI subia 0,09%, a US$ 34,69 o barril.

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