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Bolsa recua com Vale, Gerdau, Ambev e Oi; dólar cai e juros sobem

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa opera volátil nesta quinta-feira (25): abriu em queda, passou a subir e voltou a recuar. As ações da Petrobras estavam em alta, apesar da queda das cotações do petróleo no mercado internacional. No entanto, o forte

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.02.2016, 13:02:03 Editado em 27.04.2020, 19:52:42
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa opera volátil nesta quinta-feira (25): abriu em queda, passou a subir e voltou a recuar. As ações da Petrobras estavam em alta, apesar da queda das cotações do petróleo no mercado internacional. No entanto, o forte recuo das ações de Vale, Ambev, Gerdau e Oi puxavam o índice para baixo.
O dólar operava em queda, seguindo o movimento no exterior, enquanto os juros futuros subiam.
Há pouco, o principal índice da Bolsa paulista caía 0,64%, aos 41.814,28 pontos. As ações da Petrobras, que chegaram a subir mais de 3% pela manhã, ganhavam agora 1,43%, a R$ 4,94 (preferenciais) e 0,56%, a R$ 7,07 (ordinárias).
Os papéis da Petrobras reagiam positivamente à aprovação, pelo Senado, do fim da obrigatoriedade da estatal de manter uma participação mínima de 30% nos consórcios de exploração do pré-sal.
O projeto que permite reduzir o peso da Petrobras no pré-sal passou nesta quarta-feira (24) com placar folgado a favor da proposta do senador José Serra (PSDB-SP), com 40 votos a favor, 26 contra e duas abstenções.
O texto, que agora segue para a Câmara, retira a condição da Petrobras de ser a operadora única do pré-sal. Na prática, ele cria condições para que empresas estrangeiras participem sozinhas dos próximos leilões.
"A notícia é positiva para a estatal, visto que tira a obrigatoriedade da exploração, mas mantém a preferência. Entretanto, no curto prazo, a companhia continua pressionada pelo seu alto endividamento e a queda nos preços internacionais do petróleo", escreveu a equipe de análise da Guide Investimentos.
O petróleo, no entanto, voltou a recuar. Em Londres, o Brent perdia 1,86%, a US$ 33,77 o barril; nos EUA, o WTI recuava 2,46%, a US$ 31,36 o barril. Analistas veem o movimento como uma realização de lucros, após a alta de ontem.
Ainda sobre a Petrobras, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta quarta-feira a nota de crédito da estatal para "B3" ante "Ba3", que já era grau especulativo, após retirar mais cedo o grau de investimento do Brasil.
VALE, AMBEV, GERDAU E OI
Entre as maiores quedas do Ibovespa apareciam as ações de Vale, Gerdau e Oi.
As ações da mineradora Vale recuavam 4,53, a R$ 8,21 (PNA), e 3,58%, a R$ 11,29 (ON). A mineradora fechou 2015 com prejuízo líquido acumulado de R$ 44,213 bilhões, ante um lucro de R$ 954 milhões em 2014.
As ações ordinárias da Ambev caíam 2,86%, a R$ 17,66. A maior cervejaria da América Latina teve queda de 8,6% no lucro líquido do quarto trimestre em relação a um ano antes, para R$ 4,259 bilhões, impactada pelo aumento de despesas e no resultado financeiro negativo.
As ações preferenciais da Gerdau perdiam 6,10%, a R$ 3,54; as preferenciais da Gerdau Metalúrgica despencavam 11,63%, a R$ 1,14. A Polícia Federal deflagrou mais uma etapa da Operação Zelotes na manhã desta quinta-feira. Um dos mandados de condução coercitiva é para André Gerdau, presidente do grupo Gerdau, que será ouvido na PF de São Paulo.
Mas o ranking de maiores quedas do Ibovespa era liderado pelas ações ordinárias da Oi, que perdiam 14,85%, a R$ 1,72. Os papéis preferenciais da operadora caíam R$ 10,65, a R$ 1,51.
A Oi foi informada de que a companhia de investimentos LetterOne não tem mais interesse em apoiar os esforços para uma possível fusão da operadora com a TIM. Já as ações ordinárias da TIM recuam 0,78%, a R$ 6,33.
As ações ordinárias do Banco do Brasil operavam em baixa de 1,07%, a R$ 13,93. No quarto trimestre do ano passado, o banco teve lucro de R$ 2,512 bilhões, queda de 15% em relação aos R$ 2,959 bilhões registrados no mesmo período de 2014. Na comparação com o terceiro trimestre, houve queda de 17,96%.
EXTERIOR
Na Ásia, as Bolsas chinesas despencaram mais de 6% nesta quinta-feira. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 6,14%, enquanto o índice de Xangai teve forte queda de 6,4%, a maior perda diária desde 26 de janeiro.
Na Europa, as Bolsas se recuperam nesta quinta-feira das perdas registradas no início na semana, com resultados corporativos sólidos da seguradora francesa AXA e do banco britânico Lloyds impulsionando os mercados acionários.
A Bolsa de Londres subia 2,13%; Paris (+2,08%); Frankfurt (+1,52%); Madri (+2,13%); e Milão (+1,78%).
Nos EUA, o índice Dow Jones ganhava 0,10% e o S&P 500 subia 0,10%, mas o Nasdaq perdia 0,20%.
DÓLAR E JUROS
O dólar à vista recuava 1,17% ante o real, para R$ 3,9281, e o dólar comercial perdia 0,68%, a R$ 3,9310, seguindo o movimento da moeda norte-americana no exterior.
"O dólar perde terreno frente os pares emergentes. A estabilização do preço do petróleo [acima dos US$ 30 o barril] beneficia ativos mais arriscados e os bonds emergentes recuperam parte das perdas sofridas no início do ano", escreve o analista Vitor Suzaki, a Lerosa Investimentos.
"Claro que o mercado cambial acaba refletindo esse movimento e temos visto a consolidação do real abaixo dos R$ 4,00 mesmo com cenário interno tão adverso", diz Suzaki.
Os juros futuros chegaram a cair nesta quinta-feira, mas inverteram o sinal e passaram a subir. O contrato de janeiro para 2017 passava de 14,170% na véspera para 14,195%; o DI para janeiro de 2021 avançava de 15,520% para 15,640%.
Segundo um profissional do mercado, o avanço dos índices de inflação traz incertezas em relação à condução da política monetária e à manutenção da taxa básica de juros em 14,25% ao ano nos próximos meses.

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