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Petróleo derruba mercados globais; Bolsa recua mais de 1% e dólar sobe

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (23), devolvendo parte dos ganhos obtidos na véspera e acompanhando o exterior. A queda nos preços do petróleo trouxe de volta a aversão ao risco, e as Bolsas globais recuaram. O dó

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2016, 18:55:27 Editado em 27.04.2020, 19:52:45
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (23), devolvendo parte dos ganhos obtidos na véspera e acompanhando o exterior. A queda nos preços do petróleo trouxe de volta a aversão ao risco, e as Bolsas globais recuaram. O dólar subiu ante o real, assim como os juros futuros.
O principal índice da Bolsa paulista recuou 1,65%, a 42.520,94 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,231 bilhões.
As ações da Petrobras recuaram 2,38%, a R$ 4,92 (preferenciais) e 4,45%, a R$ 7,08 (ordinárias). As ações da mineradora Vale recuaram 4,25%, a R$ 9,00 (PNA) e 5,78%, a R$ 12,38 (ON).
Em Londres, o petróleo Brent chegou a ensaiar uma alta, mas inverteu o sinal e passou a cair com força, após declarações do ministro saudita do Petróleo, Ali al-Naimi, nesta terça-feira. A commodity recuava 4,84%, a US$ 33,01 o barril. Nos EUA, o WTI perdia 0,35%, a US$ 31,37.
Em uma conferência em Houston, no Texas (EUA), Naimi afirmou que "a Arábia Saudita não vai cortar a produção de petróleo porque não confia que outros países farão o mesmo", segundo a agência de notícias "Bloomberg".
O ministro insistiu que os produtores de alto custo devem "devem suportar o fardo de reduzir a oferta atual". Ele disse ainda que o mercado terá de se rebalancear e não sabe quando a queda dos preços do petróleo vai terminar.
Entretanto, Al-Naimi reafirmou o compromisso da Arábia Saudita com o acordo alcançado na semana passada com a Rússia, Catar e Venezuela para congelar a produção a níveis de janeiro. Ele disse que outros produtores poderiam aderir ao esforço.
Minutos antes do discurso de Naimi, no entanto, o ministro do Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, declarou que "é ridículo para a Arábia Saudita propor para outras nações que congelem a produção quando o reino já aumentou a produção para mais de 10 milhões de barris por dia", conforme informações da agência de notícias oficial "Shana".
Em Wall Street, o Dow Jones fechou em queda de 1,14%, o S&P 500 caiu 1,25% e o Nasdaq, -1,47%.
As Bolsas europeias fecharam em baixa: Londres (-1,25%); Paris (-1,40%); Frankfurt (-1,64%); Madri (-1,42%); e Milão (-1,95%).
As Bolsas chinesas também caíram nesta terça-feira (23),com os investidores realizando lucros após a alta de 2% da sessão anterior. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,95%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,79%.
DÓLAR E JUROS
O dólar subiu frente ao real nesta terça-feira, depois da queda de 2,43% na segunda-feira, refletindo a queda nos preços do petróleo e as incertezas políticas e econômicas no Brasil.
A moeda americana à vista ganhou 0,63%, a R$ 3,9698, e o dólar comercial avançou 0,30%, a R$ 3,9630.
Alguns investidores acreditavam que a prisão do marqueteiro João Santana teria aumentado a chance de cassação dos mandatos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB), o que ajudava a limitar o avanço da moeda norte-americana. Santana participou das duas campanhas de Dilma e na reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Analistas ponderaram que uma eventual saída de Dilma e Temer do governo poderá criar um vácuo de poder, o que pode resultar em um quadro desfavorável à aprovação de medidas de austeridade fiscal, que julgam necessárias para resgatar a confiança dos investidores.
Os juros futuros avançaram: o contrato de DI para janeiro de 2017 passou de 14,180% na véspera para 14,205%; o contrato de DI para janeiro de 2021 saiu de 15,500% para 15,620%.
Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos, destaca que o resultado do IPCA-15 de fevereiro alimentou preocupações sobre se o Banco Central conseguirá manter a taxa básica de juros (Selic) estável diante o avanço da inflação.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA-15 acelerou para 1,42% em fevereiro, o maior resultado para o mês desde 2003.
O resultado veio acima do centro de expectativas de economistas ouvidos pela agência de notícias Bloomberg, que esperavam que o índice acelerasse para 1,32%.

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