LUCIANA DYNIEWCZ
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Em mais uma ação para se reaproximar das grandes potências globais e atrair capital estrangeiro, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, recebeu nesta terça-feira (16) na Casa Rosada o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
Havia 18 anos que o país não era visitado por um chefe de governo italiano. Nos últimos 12 anos, a Argentina foi governada por Néstor e Cristina Kirchner, que se afastaram -principalmente ela- dos Estados Unidos e da Europa.
O dirigente argentino, de centro-direita, já indicou que abrirá o país para o capital internacional e vem buscando fontes de investimento no exterior desde janeiro, quando esteve no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
No período kirchnerista, a Argentina nunca teve um representante do governo federal no principal encontro de líderes políticos e empresariais do mundo.
Com Renzi, as discussões ficaram em torno de projetos nas áreas de energia, transporte e alimentos.
"Queremos que a Argentina volte a abrir suas portas para que outros italianos venham nos ajudar a crescer e para que juntos possamos gerar oportunidades", disse Macri após as reuniões.
Também participaram do encontro executivos da Enel (empresa italiana de geração de energia e distribuição de gás natural que já está na Argentina) e da ENI (multinacional petrolífera com interesse em atuar no país).
O ministro italiano afirmou estar entusiasmado com as mudanças -de caráter mais liberal na área econômica- que deverão ocorrer na Argentina.
"Há muita expectativa em todo o mundo. Eu assumi um compromisso de vir com frequência [ao país], não apenas pessoalmente, mas também representantes do governo."
Os países programam para junho uma visita de cerca de 300 italianos de pequenas e médias empresas na Argentina.
"Faremos o possível para que, nas próximas semanas, alcancemos o Mercosul", acrescentou Renzi, sem especificar se se referia ao tratado de livre comércio que vem sendo debatido entre União Europeia e o bloco latino-americano.
O primeiro-ministro italiano foi a primeira autoridade máxima de um país a ser recebida em Buenos Aires desde que Macri tornou-se presidente, em 10 de dezembro. Na próxima semana, será a vez do presidente francês, François Hollande, viajar ao país.
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2016, 21:29:20 Editado em 27.04.2020, 19:52:55
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