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Cortes da Petrobras são positivos, mas desafios persistem, avalia Moody's

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A decisão da Petrobras de cortar seus gastos é positiva e ajuda a petrolífera a preservar seu caixa em um momento em que enfrenta significativo risco de refinanciamento, mas os desafios à estatal persistem, afirma a agência de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.01.2016, 13:31:08 Editado em 27.04.2020, 19:53:41
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A decisão da Petrobras de cortar seus gastos é positiva e ajuda a petrolífera a preservar seu caixa em um momento em que enfrenta significativo risco de refinanciamento, mas os desafios à estatal persistem, afirma a agência de classificação de risco Moody's em nota divulgada nesta quinta-feira (14).
Enquanto o corte no gasto vai ajudar a proteger a posição de caixa da Petrobras, as opções de financiamento da empresa vão continuar limitadas devido ao cenário de preços de petróleo em queda e crise econômica no Brasil, de acordo com Nymia Almeida, a vice-presidente de crédito da agência, em relatório.
"A Petrobras continua a operar sob condições difíceis. Como resultado, sua qualidade de crédito vai permanecer sob estresse considerável no curto e médio prazos", diz.
Uma economia brasileira mais fraca, preços de petróleo mais voláteis, a depreciação do real, dificuldade na venda de ativos e incertezas políticas contribuem para reduzir as opções de financiamento da estatal, de acordo com a Moody's.
De acordo com a agência, os bancos também estão enfrentando restrições para emprestar e vão ter mais apetite por riscos menores em uma economia em contração.
A estimativa feita pela companhia de uma leve queda na meta para a produção em 2020 implica preços muito baixos de equipamentos e serviços, assim como contínua produtividade operacional, disse a Moody's.
ENTENDA
Na terça-feira (12) a Petrobras anunciou corte de 36% dos gastos, para uma média anual de US$ 19 bilhões no período de 2017 a 2019, contra estimativa anterior de US$ 28,8 bilhões. A estatal tem cerca de US$ 24 bilhões em dívida vencendo nos próximos dois anos.
Segundo a empresa, o corte tem por objetivo adequar os gastos ao novo cenário de preços do petróleo e de taxa de câmbio. Do total cortado, US$ 21,2 bilhões representam "otimização de portfólio", ou seja, adiamento ou alteração em projetos. O restante é efeito da alteração das projeções de câmbio sobre os gastos em reais.
O novo orçamento destina 81% dos recursos para a área de exploração e produção, com foco no pré-sal. Outros 10% vai para a área de refino. A empresa não detalhou os projetos.
Com os cortes, informou a companhia, a meta de produção de petróleo para 2020 cai de 2,8 para 2,7 milhões de barris por dia.

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