SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar fechou em queda sobre o real nesta segunda-feira (12), após a China demonstrar que intensificou as ações para controlar a moeda local, diminuindo a aversão a risco do mercado.
A queda nos preços do petróleo, porém, limitou a queda da moeda americana. O preço do barril caiu abaixo dos US$ 30 pela primeira vez em 12 anos.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, caiu 0,10%, a R$ 4,042 na venda. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, se desvalorizou 0,14%, a R$ 4,046.
Em um dia de poucas notícias locais, o mercado da divisa americana foi pautada pelo ambiente externo.
"O mercado hoje foi em cima do movimento externo, porque internamente não temos notícia nenhuma, estamos com recesso parlamentar, então ficou bem parado", afirmou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
O aprofundamento da queda dos preços do petróleo e a volatilidade do mercado acionário chinês têm contribuído para um início de ano turbulento.
A preocupação com a desaceleração da economia da China foi intensificada na semana passada também porque o banco central daquele país permitiu a desvalorização do yuan sobre o dólar.
Nesta semana, porém, a autoridade monetária chinesa voltou atrás e voltou a valorizar a divisa da China sobre o dólar, o que reduziu um pouco a pressão sobre as cotações de outras moedas emergentes.
Enquanto isso, os preços do petróleo rondaram a mínima de 12 anos, o que vem pressionando a demanda por moedas de países emergentes.
O Banco Central do Brasil também deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem.
AÇÕES
O principal índice acionário do país fechou a terça-feira (12) em queda, influenciado pela desvalorização dos papéis da Petrobras.
O Ibovespa teve queda de -1,08%, aos 39.513 pontos, na menor pontuação desde março de 2009. O volume financeiro foi de R$ 4,56 bilhões.
Além das preocupações com o preço do petróleo, a estatal brasileira anunciou nesta terça (12) um novo plano de investimento para o período 2015-2019, com redução de US$ 32 bilhões no orçamento, que passou a US$ 98,4 bilhões.
Segundo a empresa, o corte tem por objetivo adequar os gastos ao novo cenário de preços do petróleo e de taxa de câmbio.
Com isso, os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, lideraram a queda no índice, com queda de 9,20%, cotados a R$ 5,53.
O resultado é o mais baixo desde março de 2003, quando esses papéis fecharam em R$ 5,40.
Já as ações ordinárias, com direito a voto, registraram queda de 7,65%, a R$ 7,00. Esse resultado foi o menor desde junho de 2003.- patamar alcançado nas últimas sessões em decorrência do forte tombo nos preços do petróleo no exterior.
Outra empresa que viu suas ações desvalorizarem nesta terça (12) foi a Vale.
Os papéis ordinários, com direito a voto, da mineradora caíram 8,11%, a R$ 9,41. Já as ações preferenciais, mais negociadas, caíram 8,33% a R$ 7,26.
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.01.2016, 19:01:33 Editado em 27.04.2020, 19:53:43
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