BRUNO VILLAS BÔAS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os moradores de cinco locais pesquisados pelo IBGE -quatro regiões metropolitanas e um município- perceberam um aumento da inflação acima da média nacional de 10,67% em 2015, segundo informou o IBGE nesta sexta-feira (8).
Dos 13 locais pesquisados pelo IBGE, o campeão nacional de inflação foi Curitiba, com um avanço de 12,58% nos preços medidos pelo IPCA.
Além dos impactos percebidos na média nacional, como em energia elétrica, gasolina e alimentos, Curitiba foi impactada por reajuste de 50% nas alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Outras locais com inflação acima da média nacional foram Fortaleza (11,43%), Porto Alegre (11,22%), São Paulo (11,11%) e Goiania (11,10%).
Inflação nas regiões
Na região metropolitana de São Paulo, houve forte aumentos de preços de alimentos (11,33%), principalmente na refeição dentro de casa, que avançou 12,25% no ano passado.
A região também teve forte aumento no ano de energia elétrica (70,97%), gasolina (20,53%) e etanol (33,64%), resultado de reajustes de tarifas e dos combustíveis nas refinarias.
Outros locais com inflação um pouco abaixo da média, como Rio de Janeiro (10,52%), Recife (10,15%), Campo Grande (9,96%), Belém (9,93%), Salvador (9,86%), Brasília (9,67%), Vitória (9,45%) e Belo Horizonte (9,22%).
Segundo o relatório do banco Bradesco, as diferenças na dinâmica da inflação nas regiões brasileiras podem ser explicadas pelo comportamento dos preços de alimentação, serviços e administrados.
Vale lembrar que cada capital pesquisada pelo IBGE tem sua cesta de consumo típica. O peso da alimentação em São Paulo, por exemplo, é de 24%. Em Belém, é de 34%. Isso também explica as diferenças das regiões.
DEZEMBRO
Com o avanço dos preços administrados e do câmbio, o país sofreu uma espiral inflacionária que contaminou outros bens e serviços ao longo do ano, como alimentos, manicures, cabeleireiros, por exemplo.
Dos 373 itens cujos preços são pesquisados pelo IBGE, 96 deles tinham alta superior a 10% no acumulado em 12 meses em abril deste ano. Esse contingente cresceu sistematicamente e chegou a 160 em dezembro.
A inflação no último mês do ano foi puxado pela alta dos preços do grupo alimentação e bebidas em 1,50% no mês, com destaque para cebola (13,71%), tomate (11,45%) e açúcar refinado (10,20%).
O IPCA sofreu impacto ainda das passagens aéreas, que ficaram 37,07% acima das tarifas de novembro, como previsto pelo mercado.
Escrito por Da Redação
Publicado em 08.01.2016, 11:33:04 Editado em 27.04.2020, 19:53:48
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