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Falta de combustível provoca corrida aos postos da Paraíba

THIAGO AMÂNCIO E ALINE MARTINS SÃO PAULO, SP, E JOÃO PESSOA, PB (FOLHAPRESS) - Após problemas de abastecimento de gasolina em alguns Estados do Nordeste no fim de dezembro, a falta de combustível está provocando um corre-corre aos postos da Paraíba. Na

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.01.2016, 17:24:56 Editado em 27.04.2020, 19:53:51
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THIAGO AMÂNCIO E ALINE MARTINS
SÃO PAULO, SP, E JOÃO PESSOA, PB (FOLHAPRESS) - Após problemas de abastecimento de gasolina em alguns Estados do Nordeste no fim de dezembro, a falta de combustível está provocando um corre-corre aos postos da Paraíba.
Na capital, João Pessoa, há filas em estabelecimentos que ainda têm gasolina. Em alguns deles, começa a faltar até etanol, substituto para motoristas de carros flex.
A Petrobras diz que a entrega do produto foi normalizada no Estado no último dia 29, mas, segundo o Sindipetro-PB (sindicato do comércio de derivados de petróleo), ainda falta gasolina em pelo menos 30 cidades paraibanas. Na capital, a estimativa é que 60% dos postos enfrentem escassez de combustível.
Nesta quarta (6), a vice-governadora do Estado, Lígia Feliciano, se reúne com o diretor de abastecimento da estatal petroleira, Jorge Celestino Ramos, para discutir o problema.
A crise começou em dezembro, quando navios-tanque atrasaram a entrega no porto de Cabedelo (PB).
Edemilson Júnior, proprietário de um posto na região central de João Pessoa, conta que o problema se agravou na semana do Natal. "A gente ficou sem nenhum combustível. Para nós, de bandeira 'branca' [postos que podem comprar gasolina de qualquer fornecedor], a dificuldade ainda é maior, porque eles dão prioridade àqueles da bandeira da Petrobras", afirmou. Ele não deu estimativa de prejuízos, mas disse que as perdas se agravam a cada dia.
Noel Evangelista, chefe de pista de um posto no bairro da Torre, também no centro da capital paraibana, diz que tem álcool e gasolina apenas para os próximos dois dias. "Ficamos três dias sem combustível e regularizamos na véspera de Natal, mas o navio deixou apenas 14 toneladas para toda a cidade", diz. Evangelista afirma que, se a situação não se resolver, irá buscar combustível no Recife.
A estudante Marianne Lavor, 22, quis se precaver e foi a um posto nesta terça (5) para encher o tanque do carro. "Quando cheguei, vi a placa de que não havia gasolina e nem previsão de chegada", diz ela, que encheu o tanque com etanol. "Há filas enormes, causando, inclusive, transtornos no trânsito", afirma.
O vendedor Andreas Costa conta que não encontrou combustível em dois bairros. O mesmo aconteceu com Raquel Rodrigues, educadora física. "Hoje já fui a vários postos e não encontro gasolina nem álcool."
A estudante Naraya Ramos, 27, esperava, no início da tarde, para abastecer seu carro em um posto no bairro dos Estados, onde a fila demorava até 20 minutos. "É horrível, muitas vezes estamos atrasadas para o trabalho e o jeito é esperar", reclama.
MP ANUNCIA INQUÉRITO
O Ministério Público da Paraíba anunciou nesta terça que irá instaurar um inquérito civil a fim de apurar a responsabilidade pelo desabastecimento no Estado. "Vamos verificar se está havendo improbidade administrativa e viabilizar a cobrança de multa por danos morais e coletivos à população paraibana", disse o promotor Glauberto Bezerra, em nota do Ministério Público.
"Vamos averiguar as responsabilidades: se o problema está na logística ou se há um aproveitamento da crise para se elevar o preço", afirmou Bertrand Asfora, procurador-geral de Justiça.
De acordo com o presidente do Sindipetro, Omar Hamad Filho, havia a previsão de que um navio chegasse nesta quarta, mas ele atrasou e chegará apenas no próximo sábado (9). "A situação está um caos."
O presidente do Sindalcool (Sindicato da Indústria de Produção do Álcool da Paraíba), Edmundo Barbosa, diz que a falta de etanol se deve à alta na demanda e que não falta álcool nas usinas.

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