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Preso por tempo indeterminado, Esteves renuncia ao comando do BTG

DAVID FRIEDLANDER SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com a confirmação de sua prisão por tempo indeterminado, o banqueiro André Esteves renunciou na noite deste domingo (29) aos cargos de presidente executivo e de presidente do Conselho de Administração do BTG

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.11.2015, 22:47:24 Editado em 27.04.2020, 19:54:40
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DAVID FRIEDLANDER
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com a confirmação de sua prisão por tempo indeterminado, o banqueiro André Esteves renunciou na noite deste domingo (29) aos cargos de presidente executivo e de presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual.
Os sócios Persio Arida e John Huw Jenkins, este baseado em Londres, assumem como presidente e vice do conselho, respectivamente. Roberto Sallouti e Marcelo Kalim passam a dividir a presidência do banco -os dois estão entre os melhores amigos do banqueiro.
Arida, que assumiu interinamente a presidência da instituição na quarta (25), deixa a função.
Além disso, os sócios do BTG Pactual começam a discutir a compra da fatia de 28,8% do banqueiro e sua saída do banco.
Os principais acionistas do BTG passaram a tarde e a noite de domingo (29) na sede do banco, em São Paulo. Fizeram contas, traçaram cenários e negociaram a venda de sua fatia na Rede D'Or, maior grupo de hospitais privados do país, enquanto aguardavam a decisão do ministro Teori Zavascki sobre o destino de Esteves.
A participação que o banqueiro tem no BTG valeria cerca de R$ 6,4 bilhões fazendo a conta pelo patrimônio líquido da instituição. A Folha apurou que, na visão de sócios de peso, o própio Esteves concordaria com esse caminho, para não contaminar a imagem do banco com as acusações que ele enfrenta.
A única dúvida é se realmente não existiria alternativa. Apesar da frieza da situação, tirar Esteves do BTG é uma decisão dolorida para os colegas, que o veneram como um Super-Homem.
O Banco Central também vê com reservas a volta de Esteves a seu banco e já fez a mensagem chegar ao comando da instituição. A área de fiscalização do BC acompanha de perto o caixa do BTG desde que a prisão ocorreu.
REFORÇO NO CAIXA
O comando do BTG passou o dia de ontem negociando a venda da fatia de 12% na Rede D'Or para o GIC, fundo soberano de Cingapura. A operação, de cerca de R$ 2 bilhões, foi praticamente fechada neste domingo.
Embora tenha encerrado o expediente de sexta-feira (27) com pouco mais de R$ 40 bilhões em caixa, o banco quer reforçar suas reservas para mostrar aos clientes que está capitalizado e tem fôlego para enfrentar uma eventual onda de resgates.
A prisão de Esteves provocou saques de aplicações nos dias seguintes. De acordo com Arida, as retiradas ficaram abaixo do que os sócios esperavam.
Velho parceiro de negócios do BTG Pactual, no começo do ano o fundo de Cingapura comprou 16% da Rede D'Or por R$ 3,2 bilhões e já tinha manifestado interesse em aumentar sua participação na rede de hospitais.

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