Cerca de 11,5 mil Km² da Amazônia Legal foram desmatados entre agosto de 2021 a julho 2022, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira (30). Na prática, a área degradada equivale a duas vezes o tamanho do Distrito Federal.
Apesar do enorme espaço, houve uma queda de 11% se comparado ao período anterior, agosto de 2020 a julho de 2021. A informação surpreendeu cientistas, uma vez que os alertas indicavam um aumento do desmate na região. Essa é a primeira queda desde 2017.
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Apesar disso, o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), termina o mandato com o maior crescimento de desmatamento na Amazônia Legal em relação à média dos governos anteriores. Segundo o sistema Prodes, o desmate cresceu 59,5% entre 2019 e 2022, em relação aos quatro anos anteriores.
“O regime Bolsonaro foi uma máquina de destruir florestas. Pegou o país com uma taxa de 7,5 mil km² de desmatamento na Amazônia e o está entregando com 11,5 mil km². A única boa notíca do governo atual é o seu fim”, afirma Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
Os dados de 2022 também revelam uma explosão do desmatamento no Amazonas, o único a ter aumento no corte raso neste ano. Foram derrubados 2,6 mil km², um incremento de 13% em relação a 2021. O Pará, mesmo com a redução de 21%, ainda lidera o ranking, com 4,1 mil km² desmatados em neste ano.
Sistema
A taxa divulgada nesta quarta-feira (30) é do sistema Prodes, que calcula o dado oficial de desmatamento a cada 12 meses (medidos sempre de agosto de um ano a julho do ano seguinte).
Um outro sistema do Inpe, o Deter, que vigia as motosserras em tempo quase real, produz dados de alertas de desmatamento para orientar a fiscalização (que ficou essencialmente inoperante neste governo).
Fonte: Informações do Metrópoles.
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