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Resultados de estudos apontam para caos no clima da Europa em 2100

Fenômenos climáticos extremos, como ondas de calor, secas e inundações, poderão afetar dois em cada três europeus perto do fim do século, segundo estimativas que constam num estudo cujo foi divulgado hoje (5) na publicação científica The Lancet Planetary

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.08.2017, 22:13:00 Editado em 08.08.2017, 23:37:38
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Fenômenos climáticos extremos, como ondas de calor, secas e inundações, poderão afetar dois em cada três europeus perto do fim do século, segundo estimativas que constam num estudo cujo foi divulgado hoje (5) na publicação científica The Lancet Planetary Health e citado no portal Euronews.

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Conforme o estudo, o número de mortes resultantes de ondas de calor poderá aumentar potencialmente 50 vezes na Europa, passando de 2.732 anuais no período 1981-2010 para 151.514 anuais em 2071-2100.

No sul da Europa, a região mais fustigada e onde é esperado um efeito maior das ondas de calor e dos períodos de seca, quase todas as pessoas poderão ser atingidas anualmente por um desastre natural perto de 2100, condição essa que se traduzirá em 700 mortes por cada milhão de habitantes, assinala a publicação.

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As projeções foram calculadas com base no pressuposto de que não haverá redução das emissões de gases de efeito de estufa e melhorias nas medidas que ajudem a diminuir o impacto dos fenômenos meteorológicos extremos, como planeamento urbano, uso sustentado do solo ou isolamento térmico de edifícios.

O estudo, realizado por pesquisadores do European Commission Joint Research Centre, da Comissão Europeia, coordenada pelo português Filipe Batista e Silva, analisa osefeitos de ondas de calor e frio, incêndios florestais, secas, inundações e tempestades de vento nos 28 países da União Europeia, na Suíça, na Noruega e na Islândia.

Os cientistas avaliaram 2.300 registos de desastres naturais de 1981 a 2010, incluindo o tipo de desastre, o ano e o país onde ocorreu e o número de mortes causadas, para estimar a vulnerabilidade da população a cada um dos fenômenos climáticos severos.

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Posteriormente, combinaram os dados com projeções de como as alterações climáticas podem progredir e de como as populações podem aumentar ou migrar entre 2071 e 2100.

O estudo, que ignora os efeitos do envelhecimento da população ou do crescimento econômico, que podem alterar o impacto dos desastres naturais nas pessoas, estima que as ondas de calor sejam o fenômeno meteorológico mais letal, ao causar 99 por cento das mortes relacionadas com o clima, e vaticina que as inundações costeiras possam levar ao aumento de seis mortes por ano, no início do século, para 233 perto do final do século.

As alterações climáticas são uma das maiores ameaças globais para a saúde humana no século XXI, e o seu perigo para a sociedade estará cada vez mais ligado a fenômenos meteorológicos”, sustenta o autor principal do estudo, Giovanni Forzieri, citado no comunicado pela The Lancet Planetary Health.

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O cientista avisa que, se nada for feito para travar o aquecimento global, 350 milhões de europeus poderão ser atingidos anualmente por fenômenos climáticos nocivos até 2100. Em Portugal, as ondas de calor poderão provocar em Portugal mais de 4.000 mortes anuais perto do final do século, segundo projeções do estudo.

Os cientistas avaliaram 2.300 registos de desastres naturais de 1981 a 2010, incluindo o tipo de desastre, o ano e o país onde ocorreu e o número de mortos causados, para estimar a vulnerabilidade da população a cada um dos fenómenos climáticos severos.

Populações
Posteriormente, combinaram os dados com projeções de como as alterações climáticas podem progredir e de como as populações podem aumentar ou migrar entre 2071 e 2100.

Para Portugal, as estimativas apontam para um aumento do número de mortes resultantes de ondas de calor, de 91 por ano, no período 1981-2010, para 4.555 anuais, em 2071-2100.As ondas de calor são, de acordo com o estudo, o fenômeno meteorológico mais letal para o país.

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