A Câmara de Londrina, no norte do Paraná, abriu uma Comissão Processante para investigar o vereador Émerson Petriv (PR), conhecido como Boca Aberta, por 16 votos a 3, na tarde de quinta-feira (6). Eram necessários 13 votos para abrir a investigação.
A sessão foi marcada por confusões e um manifestante chegou a sacar uma arma no plenário da Casa, mas ninguém foi preso. A direção da Câmara disse que as imagens divulgadas na mídia e do circuito interno de monitoramento serão analisadas.
Boca Aberta é acusado de estelionato por ter feito uma campanha de arrecadação de dinheiro nas redes sociais para pagar uma multa imposta a ele pela Justiça Eleitoral. O vereador esperava arrecadar R$ 8 mil para o pagamento da multa, mas só conseguiu R$ 1,7 mil. Ele alega ter doado o dinheiro recebido.
“Eu não cometi crime nenhum. Eles querem cassar o Boca Aberta a qualquer preço, a qualquer custo, porque eu sou uma pedra no caminho desses vereadores, que infelizmente votaram para abertura da CP. Mas nós estamos juntos, não vamos desistir. Quem está com Deus, o povo e a verdade jamais temerá o vale da sombra”, disse Boca Aberta ao jornalista Fábio Silveira, da RPC.
Sessão suspensa
Após votação, a sessão foi suspensa para a preparação do sorteio dos membros da comissão. Um homem sacou uma arma no momento da saída da enfermeira Regina Amâncio, autora da denúncia contra Boca Aberta, que acompanhava a votação.
Regina acabou cercada por manifestantes favoráveis ao vereador denunciado, que estavam revoltados com a decisão. A Polícia Militar (PM) precisou intervir.
Spray de pimenta nos olhos
Durante a confusão, seguranças fecharam a porta do plenário e manifestantes ficaram do lado de fora. As pessoas favoráveis ao vereador denunciado acusaram Regina de jogar spray de pimenta nos olhos de duas mulheres. Ela, no entanto, negou a acusação.
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