Foto por Reprodução
Com o vazamento das delações dos donos da JBS, a imprensa nacional especula a possível saída de Michel Temer do cargo assumido há um ano pelo político. As gravações mostram o presidente Temer dando seu aval para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
De acordo com o divulgado, os donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista, entregaram áudios para a Procuradoria-Geral da República como forma de delação. Os dois assinaram seus termos há meses sem que outros soubessem, fazendo inclusive entrega de propinas com dinheiro marcado pela Policia Federal, nas chamadas operações controladas.
A J&F, holding presidida por Joesley, controla a JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, famosa no Brasil pela marca Friboi, a Eldorado Celulose, o Banco Original, a indústria de cosméticos Flora, o laticínio Vigor e vários outros negócios, sendo investigados há meses pela PF, a JBS teve alguns de seus esquemas desmantelados com a deflagração da Operação Carne Fraca, que ocasionou em várias prisões e apreensões.
Nascido em Formosa, interior de Goiás, Joesley acompanhava seu pai, José Batista Sobrinho (cujas iniciais dão nome à empresa), nos negócios desde jovem. A família fundou nos anos 50 a Casa de Carne Mineira, que, apesar do nome, era sediada em Anápolis, no interior goiano. O açougue pegou carona na construção de Brasília, época em que abastecia os refeitórios das grandes empreiteiras envolvidas nas obras da capital federal. Nas décadas seguintes, iniciou um processo de aquisição de frigoríficos, tornando-se uma companhia de atuação nacional.
O grande esquema envolvendo mais de 1890 políticos de todo o país colocou em cheque a possível eleição de alguns presidenciáveis como Aécio Neves, que foi afastado de suas funções de senador por aparecer entre as gravações dos irmãos Batista.
Aécio está sob investigação correndo risco de perder seu mandato. Sua irmã e primo já se encontram detidos para averiguações da Polícia Federal.
Outro nome citado em meio ao escândalo é o da ex-presidente Dilma Roussef. Num dos termos da delação de Joesley Batista, consta que Dilma Rousseff pediu 30 milhôes de reais para a campanha de Fernando Pimentel em 2014., segundo a Folha.
As delações já teriam sido homologadas oficialmente, porém o STF ainda não se manifestou sobre o assunto oficialmente.
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