Após a tragédia com o avião que provocou a morte de 71 pessoas na Colômbia, na madrugada de segunda (28/11) para terça feira (29/11), entre as quais todos os jogadores, comissão técnica e dirigentes da Chapecoense, além de jornalistas e tripulantes em consequência de 'pane seca', surgem novas informações sobre outra empresa aérea investigada por supostamente operar com combustível abaixo das normas estabelecidas para segurança de voo.
A TAP Linhas Aéreas, de Portugal, é investigada na Espanha por ter pedido prioridade na aterrissagem em Santiago de Compostela em 10 de outubro, devido a emergência de combustível, num voo Funchal-Porto, mas a companhia garante que nunca esteve em questão a segurança da operação. A aterrissagem do voo, que transportava 75 passageiros e seis tripulantes, ocorreu sem contratempos.
Combustível e socorro
De acordo com uma Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil da Espanha, "em contato com a torre de controle durante aproximação de Santiago de Compostela a tripulação da aeronave da TAP fez pedido de socorro ao constatar emergência de combustível".
Segundo as autoridades espanholas, isso aconteceu consequência de uma estimativa de gestão de combustível com um mínimo de 989 quilogramas estabelecidos sem plano de voo operacional, com reserva final de combustível prevista em 5% do total estimado.
Protocolos
Fonte oficial da TAP, no entanto, garantiu à Agência Lusa que, naquele voo em 10 de outubro, "foram cumpridos todos os protocolos e em momento nenhum houve risco de segurança".
"A atuação dos pilotos da TAP foi exemplar e a aeronave tinha mais combustível do que minimamente requerido, de acordo com uma regulamentação internacional em vigor", destaca nota divulgada pela companhia portuguesa.
Representantes da TAP explicaram que foi declarada emergência de combustível no avião por imposição legal, que "é obrigatória sempre que um voo é feito com um combustível de até 30 minutos de voo" e que a aeronave aterrissou com combustível para se manter no ar por mais de 29 minutos.
Conforme relatório preliminar das autoridades espanholas sobre o episódio de 10 de outubro, "a tripulação considerou o aeroporto de Vigo como uma primeira alternativa [ao aeroporto do Porto] e se ajustou a uma gestão de combustível em função deste plano de voo, após uma situação de tentativa de aterrissagem frustrada por condição meteorológica imprevista no aeroporto da cidade de Porto, que seria o destino inicial da aeronave".
Aeroporto lotado
Em seguida a tripulação do voo da TAP foi informada de que o aeroporto de Vigo estava lotado, sem capacidade para receber novos pousos naquele momento, e por isso deveria seguir para Santiago de Compostela.
Combustível suficiente
A TAP reitera e detalha que a aeronave saiu do aeroporto do Funchal com mais de 1135 quilogramas de combustível, suficientes para 30 minutos de espera além dos 30 minutos de de voo em baixa altitude, em que o consumo é maior.
Com informações do portal do jornal de notícias (www.jn.pt)
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