A briga com a balança é uma luta diária que muitas pessoas enfrentam. Mas quando o peso está interferindo sériamente na saúde é hora de reagir e buscar auxílio médico. São muitos os estudos desenvolvidos para o tratamento da obesidade, mas um em especial está chamando a atenção e provocando muita discussão sobre o principal material usado para o emagrecimento.
Cientistas descobriram o transplante de microbiota fecal - mais conhecido como transplante de fezes - além de tratar doenças do intestino, pode ajudar na redução do peso. A equipe do Hospital Geral de Massachusetts estuda a mudança de microbioma como tratamento de obesidade. Na pesquisa, especialistas administraram as bactérias de voluntários magros a 20 pacientes obesos, com um grupo de controle recebendo placebo.
Os experimentos foram realizados com base em um estudo desenvolvido em 2013 que usou pares de ratinhos gêmeos, um magro, outro gordo, e conseguiu fazer com que magro engordasse e vice versa, alterando as bactérias em seus intestinos.
As pesquisas começaram depois que uma mulher ganhou muito peso após receber um transplante de fezes para curar uma infecção recorrente. O caso foi registrado em 2015. Isso pode explicar porque algumas pessoas engordam facilmente comendo menos que outras, que permanecem magras mesmo exagerando nas refeições.
Tratamento contra doenças
O transplante de microbiota fecal (FMT, na sigla em inglês) é uma técnica já é reconhecida como mais eficaz do que antibióticos em caso de infecção pela bactéria Clostridium difficile. A infecção é responsável por 29 mil mortes por ano nos Estados Unidos.
A técnica consiste em inserir fezes de uma pessoa saudável no intestino de um paciente com um problema intestinal por meio de um tubo ou através de uma cápsula via oral (pelo nariz ou boca) ou, ainda, via anal. Esta é uma forma de introduzir uma mistura de bactérias saudáveis que podem tomar o lugar de bactérias ruins causadoras de doenças.
Nos Estados Unidos existe até um banco de fezes chamado OpenBiome, que recolhe doações com o objetivo de expandir o acesso seguro ao transplante.O transplante fecal já é feito no Brasil
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