Analistas políticos e cientistas avaliam que serão mantidas as políticas adotadas pelo governo norte-americano em relação a pesquisas espaciais desenvolvidas pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) e às linhas de ação do Pentágono e da Otan durante o governo do republicano Donald Trump. O chefe da NASA, Charles Bolden, acredita que a administração do presidente eleito seguirá o rumo da política espacial adotado por Barack Obama.
Nos últimos cinco anos, o governo norte-americano tem reduzido consideravelmente o orçamento da NASA. Em 2011 e 2012, o projeto Constellation de retorno à Lua e o voo a Marte foram cancelados, e o financiamento destinado à pesquisa de planetas foi diminuído em 20%.
Tal decisão implicou na interrupção de uma série de projetos ambiciosos da agência na área do espaço próximo e distante. Foram encerrados os trabalhos de criação do telescópio gravitacional eLISA e foi adiado o lançamento de várias sondas, inclusive no âmbito do programa Discovery.
Além disso, segundo os especialistas, foi suspensa a continuação do trabalho referente às duas missões-chave – sonda orbital lunar LRO e rover planetário Opportunity.
Pentágono e Otan
Também é pouco provável que a presidência de Donald Trump traga mudanças consideráveis para o Pentágono e a OTAN. Essa é a opinião do analista político russo Aleksandr Khrolenko, entrevistado pela agência RIA Novosti.
"Levando em consideração o fato de que alterações em estratégia requerem bastante tempo, seria errado esperar grandes mudanças no financiamento e nos programas de desenvolvimento do Pentágono e da OTAN, pensa Khrolenko.
No seu artigo intitulado "Como o Pentágono e a OTAN vão mudar durante a nova presidência dos EUA", o analista destaca que a governança do país não pode ser reduzida apenas a um homem.
"Nem sempre as promessas eleitorais dos presidenciáveis norte-americanos viram decisões governamentais", ressalta o analista, ao se referir às declarações anteriores de Trump sobre o fomento das relações entre Moscou e Washington.
"Tendo em vista que o desenvolvimento das Forças Armadas e a implementação de estratégias são inseparáveis dos interesses econômicos do Estado, o Pentágono e a OTAN continuarão sendo as prioridades dos EUA. Apesar do forte desejo do 45º presidente dos EUA de efetuar mudanças, julgo que a estratégia militar nacional de confrontação com a Rússia não mudará", acrescenta Khrolenko.
Com informações da agência de notícias Sputinik
Deixe seu comentário sobre: "NASA, Pentágono e Otan vão manter diretrizes no governo Trump, avaliam analistas"