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Adolescente confessa que matou duas meninas porque sofria bullying

Após oito meses de investigação, um crime bárbaro foi elucidado pela Polícia Civil de União da Vitória e chocou os moradores da região. Um jovem de 17 anos confessou ter assassinado duas adolescentes na pequena comunidade rural de Linha do Encantilado, em

Da Redação

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​A Polícia Civil do Paraná realiza em Curitiba, na manhã desta quarta-feira (14), a Operação “Face Norte”: - Foto: Reprodução
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​A Polícia Civil do Paraná realiza em Curitiba, na manhã desta quarta-feira (14), a Operação “Face Norte”: - Foto: Reprodução
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.08.2016, 09:11:00 Editado em 24.08.2016, 09:56:39
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Após oito meses de investigação, um crime bárbaro foi elucidado pela Polícia Civil de União da Vitória e chocou os moradores da região. Um jovem de 17 anos confessou ter assassinado duas adolescentes na pequena comunidade rural de Linha do Encantilado, em Cruz Machado, no sul do estado.

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“De acordo com a confissão, o primeiro homicídio teria sido cometido porque ele gostava da menina, era humilhado por ela e já fazia um tempo que planejava matá-la. A segunda menina foi morta por tê-lo acusado de envolvimento no desaparecimento da amiga”, explicou o delegado de União da Vitória, Douglas Carlos de Possebon. 

O trabalho dos investigadores começou em dezembro de 2015 com o desaparecimento da adolescente Camile Loures das Chagas, de 13 anos. Em abril deste ano, Solange Roseli Vitec, de 17 anos, e amiga da primeira jovem, também desapareceu. As investigações contaram com o apoio da Polícia Militar, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) e parceria do Corpo de Bombeiros do Paraná e Santa Catarina.

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“Seguimos diversas linhas de investigações. Todas as informações que chegavam eram checadas. Foi levantada a possibilidade de elas estarem em prostíbulos em São Paulo e foi investigado. Disseram terem visto um carro vermelho na região, o único veículo vermelho era de um padre e ele também foi ouvido. Foram feitas interceptações telefônicas com autorização judicial e nada foi descoberto. Quase todos os dias, desde dezembro, os policiais tentaram obter informações”, explicou Possebon.

O caso, então classificado como desaparecimento, teve uma reviravolta no dia 8 de junho quando um agricultor encontrou uma ossada cujos indícios apontavam ser de Solange pelas vestes, mochilas e pertences. Em 12 de agosto, agricultores encontraram um crânio, ossos de braços e pertences que seriam de Camile, a primeira vítima desaparecida.Os policiais então decidiram repetir a coleta dos depoimentos. Os investigadores perceberam contradições e nervosismo ao ouvirem o jovem agricultor A.B, que acabou confessando o crime. 

Ainda de acordo com o depoimento, ambas foram mortas por asfixia, a primeira com as mãos do autor e a segunda com a calça da própria vítima. Ele nega ter cometido abuso sexual com jovens.

A polícia aguarda os resultados dos exames nas ossadas encaminhadas ao Instituto de Criminalística, juntamente com material genético, e investiga se o jovem agiu sozinho ou contou com a participação de outra pessoa.O agricultor não possuía passagem pela polícia, foi ouvido na Vara da Infância e Adolescência de União da Vitória e será encaminhado para um Centro de Integração Social (CIS).

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