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Engenheiro do Norte do PR cria 1º robô de telepresença da América Latina

Chamado pelos amigos de Sheldon, personagem central da série americana The Big Bang Theory, o engenheiro de produção Antônio Henrique Dianin, de 29 anos, é conhecido dentro e fora do Brasil desde 2013, pela criação do primeiro robô de telepresença da Amér

Da Redação

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Engenheiro Antônio Henrique Dianin opera o R1T1 em sua casa em Jandaia do Sul | Foto: Delair Garcia
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Engenheiro Antônio Henrique Dianin opera o R1T1 em sua casa em Jandaia do Sul | Foto: Delair Garcia
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.07.2016, 10:38:00 Editado em 25.07.2016, 21:27:38
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Chamado pelos amigos de Sheldon, personagem central da série americana The Big Bang Theory, o engenheiro de produção Antônio Henrique Dianin, de 29 anos, é conhecido dentro e fora do Brasil desde 2013, pela criação do primeiro robô de telepresença da América Latina, o R1T1. Ele, que nasceu em Apucarana, passou a infância em Mandaguari e desde os onze anos vive com a família em Jandaia do Sul, foi, no mínimo, um aluno polêmico. Chegou a ser expulso por mau comportamento, mas hoje tem um currículo de dar inveja a qualquer um, com mais de dezessete cursos em diversas instituições americanas na área de robótica. 

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Atualmente, ele faz seis cursos universitários também na área de robótica, sendo três nos Estados Unidos e três no BrasilAos 16 anos, ele passou em Engenharia da Produção na Universidade Estadual de Maringá (UEM), instituição que considera a sua casa e local escolhido para dar início ao projeto R1T1 no final de 2013. O R1T1, que leva este nome em homenagem ao R2D2, um dos personagens da série Star Wars, levou cerca de um ano para tomar forma. Dois anos depois do projeto inicial, são seis robôs espalhados pelo Brasil, dois na UEM, sendo um exclusivo do Hospital Universitário. 

O R1T1 é a sensação entre os pacientes, em especial das crianças, que adoram interagir com o personagem, que parece ter saído de um mundo de ficção científica. Porém, as habilidades do R1T1 são reais. Ele consegue interagir com praticamente todos os sistemas hospitalares, como gestão, prontuário e servidores, além de equipamentos. Entre as principais características inteligentes do robô estão também a identificação de sentimentos, batimentos cardíacos e pressão arterial. Consegue estimar a idade, reconhecer as expressões faciais e até identificar o nível de concentração. Essas são apenas algumas das centenas de possibilidades disponíveis no robô. 

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Outra face do R1T1 é Kayra, personagem do sistema de inteligência do robô, que dispõe também de inúmeras funções. Na casa de Dianin, o equipamento será a responsável por abrir e fechar portas, entre várias outras funções inteligentes. O que chama a atenção é que não é não apenas o inventor vive em Jandaia do Sul, mas a produção do robô também é feita no município. “São feitos aqui e em Maringá”, revela. As peças para a produção são importadas dos Estados Unidos e da China. Todos os robôs são iguais, o que difere um do outro é a programação explica Dianin. Os comandos são feitos para atender à área de atuação do R1T1.

A INVENÇÃO
Dianin revela que a ideia para produzir o R1T1 surgiu enquanto assistia a um dos episódios da série norte-americana. “Quando olhei o robô do Sheldon, pensei em construir um robô para mim, para usar como o Sheldon usava na universidade. Era um meio ter uma presença aqui no Brasil enquanto estava nos Estados Unidos”, revela.Com a ideia na cabeça, ele foi aos Estados Unidos estudar as áreas que queria aprofundar para construir o seu próprio robô. 

“Quando voltei ao Brasil, comecei a construir o robô. No início, ele era muito mais uma das minhas invenções anteriores ao R1T1 que conhecemos hoje. Aliás, não tinha nada a ver. Era bem feio, cheio de fitas e fios soltos. Era bem gambiarra, mas funcionava. E era legal o funcionamento dele”, comenta.Depois de pronto, o engenheiro reconheceu que a invenção ficou legal e veio a ideia de fazer algo comercial, junto com parceiros. “Procuramos o Hospital Universitário, por ser a minha primeira universidade e considerar a minha casa, e aceitaram”, conta.

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De aluno problemático a inventor de sucesso

“Sempre fui muito bagunceiro. Não era o aluno perfeito, mas sempre soube a matéria. Sempre estudei por mim mesmo. Até hoje eu sigo por mim. Sempre tirei zero de nota de comportamento”, descreve Antônio Henrique Dianin, engenheiro que criou o R1T1.Ele explica as razões que levaram à indisciplina. 

“Quando entrei no Ensino Médio, eu estava me formando no Kumon. Estava há dez anos adiantado da minha idade/série. Meus amigos estavam brincando de saber o que era Função, e eu estava cansado de calcular Integral e Derivada, de oitavo grau. Como era minha ficar na sala? Era um tédio”, revela. Quando entrou na universidade também não era um aluno exemplar, mas manteve com o hábito de menino de criar coisas, de modo que robô R1T1 surgiu desta mania. 

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BRINCADEIRA
“O robô nasceu muito mais de uma brincadeira, como sendo um projeto meu mesmo, a ser um projeto comercial”, explica. Apesar de famoso, o R1T1 não é a única invenção. Na mão esquerda, Dianin têm um chip implantado, que possibilita abrir a porta de casa, compartilhar o cartão de visitas, realizar pagamentos, desbloquear o celular, entre outras tarefas do dia a dia. A tecnologia também está disponível em pulseiras e anéis. Outra invenção do engenheiro é o sempre “Sempre Seco”, revestimento hidrofóbico super hidrorepelente e impermeabilizante com base em nanotecnologia capaz de repelir até 96% da água em sua superfície de contato.

Um engenheiro desde os primeiros anos de vida
Apesar de ser comparado pelos amigos a Sheldon, o físico extremamente inteligente e arrogante da série norte-americana, Antônio Henrique Dianin está longe de ser prepotente. Ainda tem o costume de preparar churrasco para os amigos em casa. Aliás, alguns nem associam a figura do engenheiro famoso a ele. “Quando lancei o R1T1, estava dando entrevista para o mundo e aqui não era conhecido”, brinca. 

Tranquilo e despojado, ele também não passa o tempo todo em frente ao computador para dar contar do trabalho e dos estudos. “Como faço o que gosto, é tudo muito rápido e natural para mim”, diz.  Ele revela que o gosto por criar objetos surgiu na infância. “Desde criança eu desmontava os meus brinquedos. Eu comprava brinquedos só para ver o que tinha dentro. Com o passar dos anos, os brinquedos foram ficando maiores. Acho que eu já sabia que seria engenheiro”, diz. 

BRINQUEDOS DESMONTADOS
Dianin comenta que desmontava os brinquedos para usar os componentes. “Eu ficava criando meus próprios brinquedos. Eu criava casinhas para os meus bonequinhos, com eletricidade e elevador. Eram bem legais. Tinham portas automáticas. Só não tinha muita peça, então, para construir um, tinha que desmanchar outro”, recorda.

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