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PM realiza operação e não prende suspeitos de estupro coletivo

SÉRGIO RANGEL RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Com quase cem homens, a Polícia Militar do Rio realizou na tarde desta sexta (27) uma operação no complexo de favelas São José Operário, na zona oeste, em busca de suspeitos de participar do estupro de uma a

Da Redação

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Publicado em 27.05.2016, 22:05:19 Editado em 28.05.2016, 01:37:34
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SÉRGIO RANGEL

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Com quase cem homens, a Polícia Militar do Rio realizou na tarde desta sexta (27) uma operação no complexo de favelas São José Operário, na zona oeste, em busca de suspeitos de participar do estupro de uma adolescente de 16 anos, que ganhou visibilidade após um vídeo com ela ter sido divulgado na internet.

Na ação, que durou quase cinco horas, os policiais localizaram e fizeram perícia em um casebre numa viela na Vila Alta, comunidade vizinha ao morro da Barão, para onde a menor foi levada. Não houve confronto e ninguém havia sido preso até o início da noite desta sexta.

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"Vamos fazer operações noite e dia até as coisas acalmarem", afirmou o tenente coronel Araújo, comandante do 9° Batalhão da cidade.

Parte dos policiais permaneceu no complexo de favelas na noite desta sexta.

Mais cedo, a Polícia Civil havia afirmado que há "indícios veementes" de que houve estupro da menina. Até o início da noite, no entanto, não havia sido requisitada a prisão de quatro suspeitos que já foram identificados.

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"Há um delegado à frente da investigação. Se ele não fez [o pedido de prisão], pode ter certeza que é porque não conseguiu reunir elementos suficientes para que isso fosse feito. Algum ingrediente, algum pequeno detalhe faltou e fatalmente será complementado", afirmou o secretário da Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.

Questionado sobre a hipótese de os suspeitos fugirem enquanto não há mandado de prisão contra eles, Beltrame reconheceu que isso é possível. "Mas, para que a gente peça a prisão preventiva, ela tem que ser muito bem fundamentada", afirmou.

Na gravação, um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por "mais de 30". Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar, além da conjunção carnal, atos libidinosos como crime de estupro.

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Apesar de não ter pedido prisões, o delegado responsável, Alessandro Thiers, disse já ter identificado a atuação de cada um no crime.

Apontado como ex-namorado da jovem, Lucas Perdomo, 20, jogador do Boavista, clube da primeira divisão do Rio, prestou depoimento. Ele chegou à polícia sorrindo e acenando.

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Eduardo Antunes, advogado do jogador, disse que seu cliente é inocente e que, no dia do crime, ele estaria no baile funk do morro com outra mulher, e a adolescente, com outro homem. A polícia diz que outros dois homens foram responsáveis por postar e transmitir o vídeo.

Em entrevista ao jornal "O Globo", a menina reafirmou que foi estuprada e disse que os criminosos também usaram objetos para violentá-la. Segundo ela, há um segundo vídeo gravado com as cenas.

"Chorei, fiquei batendo neles, pedindo para eles saírem, mas eles diziam: 'Para, eu sei que você gosta, eu sei que é safada, é piranha. Essa daí é rata'", contou a adolescente.

"Queria que as pessoas soubessem que não é culpa minha. Não tem como você culpar a vítima de roubo, por exemplo", desabafou a menina. "Eu me sinto um lixo hoje. Não queria que outra pessoa se sentisse assim."

Ela usou as redes sociais para desabafar sobre a agressão que sofreu. "Todas podemos um dia passar por isso. Não, não dói o útero, mas sim a alma por existirem pessoas cruéis sendo impunes! Obrigada pelo apoio", escreveu.

Também nesta sexta, a vítima foi ouvida novamente pela polícia. Na conversa com psicólogos, demonstrou estar muito nervosa e enjoada por causa do coquetel de remédios para evitar doenças sexualmente transmissíveis.

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