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​Professores e servidores realizam ato de protesto nesta sexta-feira

Professores e servidores da rede pública de educação de todo o Paraná paralisaram atividades nesta sexta-feira (29) para protestar na data em que completa um ano do confronto ocorrido em Curitiba entre educadores e policiais militares. A Batalha do Centro

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.04.2016, 11:02:00 Editado em 27.04.2020, 19:50:57
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Professores e servidores da rede pública de educação de todo o Paraná paralisaram atividades nesta sexta-feira (29) para protestar na data em que completa um ano do confronto ocorrido em Curitiba entre educadores e policiais militares. A Batalha do Centro Cívico, como foi denominada, aconteceu na Praça Nossa Senhora de Salete no dia 29 de abril de 2015 e deixou aproximadamente 200 pessoas feridas. Em Curitiba, os manifestantes estão concentrados na Praça Santos Andrade.

Professores devem se reunir estudantes e trabalhadores de outras categorias, devem participar na Praça Tiradentes, ao meio-dia, de um “almoço comunitário”. Servidores da saúde, agentes penitenciários e do Detran, além de estudantes participam da mobilização.Conforme a APP-Sindicato, após o almoço todos vão caminhar para a Praça Nossa Senhora de Salete, em frente a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A APPP acrescentou que cerca de 70 ônibus vindos de várias regiões do Paraná chegaram em Curitiba nesta sexta-feira, segundo a APP.

NORTE DO ESTADO

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A mobilização de professores e servidores ocorreu ainda em cidades do interior do Paraná. Em Apucarana (norte do Paraná), mais de 80 professores trajando roupas pretas e portando faixas e cartazes se concentram no platô da Praça Rui Barbosa. O professor Edson Plath, ex-diretor do Colégio Estadual Santos Dumont, foi um dos educadores que marcou presença na manifestação. "A situação econômica e política no Brasil está complicada, mas não podemos deixar de lutar pelos nossos direitos nunca. E hoje faz um ano que colegas nossos foram agredidos em Curitiba e essa data significa luto para a nossa categoria", disse Plath.

O CONFRONTO
A confusão seguida de confronto entre policiais militares e professores foi a votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) da reestruturação do Paranaprevidência, que faz os pagamentos das aposentadorias dos servidores públicos do Paraná. O projeto de lei que promovia as mudanças foi aprovado em primeira discussão por 31 votos a 20 no dia 27 de abril.  O projeto transferia cerca de 30 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro – bancado pelo governo estadual – para o Fundo Previdenciário – formado por contribuições dos servidores e do estado – os dois fundos formam o Paranaprevidência. A transferência ameaçava gerar um déficit no Fundo Previdenciário e a redução da solvência (capacidade do fundo de se manter estável) da Paranaprevidência de 57 para 29 anos.

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Na época os servidores defendiam que a mudança comprometeria o fundo que, com o tempo, teria mais benefícios a pagar do que recursos. Já o governo arfumentava que a medida geraria uma economia de cerca de R$ 125 milhões para os cofres do estado e a não aprovação da reestruturação poderia comprometer a remuneração dos professores, causando, entre outros problemas, o congelamento das promoções, progressões e revisões anuais de salário. O governo garantia o equilíbrio dos fundos previdenciários, a manutenção dos valores dos pagamento aos aposentados e pensionistas e a contribuição mensal do estado, de R$ 380 milhões.

Os professores do Paraná vão paralisar as atividades letivas nos colégios e universidades públicas na próxima sexta-feira (29), data em que o confronto entre policiais e professores no Centro Cívico, em Curitiba, completa um ano. Uma manifestação também está agendada para acontecer na Capital do Estado.

O confronto entre policiais militares e professores aconteceu na Praça Nossa Senhora de Salete no dia 29 de abril de 2015 e deixou saldo de 200 feridos. O tumulto teve origem com a votação, na Assembleia Legislativa do Paraná, de mudanças na Paraná Previdência. Os organizadores da manifestação acreditam que cerca de 20 mil pessoas vão participar do ato de protesto. 

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Por conta disso, na sexta-feira (29) não haverá aulas nas universidades e colégios estaduais.O professor João Luiz Calegari, diretor do Colégio Estadual Nilo Cairo, em Apucarana (norte do Paraná), afirma que a manifestação dos professores é legítima e informa que na cidade vai acontecer uma concentração de educadores a partir das 9 horas, no platô da Praça Rui Barbosa. 

NOTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Em nota divulgada nesta semana, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) do Paraná reiterou que tem trabalhado para atender todos os pedidos feitos pela APP-Sindicato dentro do planejamento orçamentário do Governo do Estado.

A Secretaria reforçou ainda que tem mantido diálogo periódico com os representantes da categoria para avançar nas pautas de negociações e que diversas demandas dos sindicalistas estão sendo atendidas pelo Estado, como a realização de concursos públicos para funcionários da educação, a oferta da dobra de padrão aos professores e a nomeação de 296 professores feita pelo governador Beto Richa, na segunda-feira (25). A Secretaria da Educação reafirmou que já iniciou um estudo para pagamento escalonado das promoções e progressões aos professores assim que as finanças estiverem favoráveis. 

REPOSIÇÃO DE AULAS
Em relação a paralisação, a Seed destaca que a reposição das aulas desta sexta-feira (29) devem ser feitas nas escolas, para que os estudantes não sejam prejudicados. Caso contrário, haverá desconto na folha de pagamento.

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