O Departamento de Inteligência do Paraná (Diep), com o apoio da Polícia Civil e Militar, deflagrou nesta manhã (24) a última fase da operação Cangaço que desarticulou uma enorme quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos. Ao todo, nas três fases, 56 pessoas desta organização criminosa foram presas. Eles são suspeitos de roubar e explodir mais de 20 agências bancárias em diversas cidades paranaenses.Nesta última fase, três foram presos e outros quatro estão foragidos.
Mais de 100 policiais cumpriram ainda 23 mandados de busca em sete cidades do Paraná: Curitiba, Londrina, Telêmaco Borba, Ortigueira, Ponta Grossa, Imbaú e Mauá da Serra. Durante a ação policial foram apreendidos diversas armas, dinheiro, drogas, veículos utilizados nos roubos, além de grande quantia de dinheiro.“O trabalho de inteligência das polícias resultou na prisão desta quadrilha que tinha mais de 30 integrantes e roubaram mais de 20 agências bancárias.
A violência era uma das características desta organização criminosa. A audácia era tanta que eles fechavam as entradas das cidades para realizar os roubos. Acabou a farra desta quadrilha”, disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita.A audácia era tanta que a organização criminosa recrutou um funcionário da prefeitura de Ortigueira, que operava retroescavadeira, para pilotar a máquina no momento dos roubos. A retroescavadeira era usada para destruir as agências bancárias e carregar os cofres.
O trabalho de investigação durou oito meses até que fosse desarticulada toda a quadrilha.“Pretendemos com essa operação finalizar a investigação contra essa organização criminosa de roubo à bancos. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram solicitados para todos os locais que supostamente poderiam estar os integrantes dessas quadrilha”, afirmou Adão Vagner Loureiro Rodrigues, delegado-titular da cidade de Cianorte.
As prisões aconteceram em Londrina, Telêmaco Borba e Imbau. “Em Curitiba uma pessoa acabou detida em flagrante porque estava de posse de drogas e munição de uso restrito”, explicou o delegado da 10º Subdivisão de Londrina, Sebastião Ramos dos Santos Neto.Todos os presos responderão pelos crimes de associação criminosa, associação para o tráfico, tentativa de homicídio, roubo, receptação, posse ilegal de arma e tráfico de drogas.Participam da operação policiais civis das subdivisões de Londrina, Apucarana, além de policiais do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), do Diep, e militares dos batalhões de Londrina e Curitiba.
22 ROUBOS – A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 21 de janeiro de 2016. Na oportunidade, 21 pessoas foram presas suspeitas de praticar 22 roubos a bancos e caixas eletrônicos. Na ocasião foram apreendidas 15 submetralhadora, além de pistolas calibre 12 e 40 e também de outros calibres, carros, munições, farda camuflada, balança de precisão,celulares, pendrive, máscaras e computadores.
Em um dos roubos, praticado em Ortigueira, a quadrilha utilizou uma máquina retroescavadeira para destruir a agência bancária. Entre os detidos estava um suspeito de operar a máquina. Ele era funcionário público da Prefeitura de Ortigueira.
A ação foi batizada como "Cangaço" em alusão ao período de banditismo brasileiro ocorrido no Nordeste do Brasil -- na época liderado por Lampião. Mas, ao invés de andar pelas cidades em busca de justiça e vingança, as organizações criminosas hoje chegam às cidades e cometem crimes como roubo a banco.
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