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Bispo da Diocese de Apucarana critica reforma da Previdência

O bispo da Diocese de Apucarana, Dom Celso Antônio Marchiori, manifestou nesta semana na página do seu facebook preocupação com a reforma da Previdência Social da maneira como vem sendo proposta pelo governo federal. Essa sua preocupação, inclusive, já ha

Da Redação

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O bispo Dom Celso Antônio Marchiori, se manifestou nesta semana na página do seu facebook. Foto: TNOnline
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O bispo Dom Celso Antônio Marchiori, se manifestou nesta semana na página do seu facebook. Foto: TNOnline
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.03.2017, 11:11:00 Editado em 26.03.2017, 23:20:20
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O bispo da Diocese de Apucarana, Dom Celso Antônio Marchiori, manifestou nesta semana na página do seu facebook preocupação com a reforma da Previdência Social da maneira como vem sendo proposta pelo governo federal. Essa sua preocupação, inclusive, já havia sido manifestada no último final de semana durante as celebrações religiosas de São José, realizadas no Santuário de São José.

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Dom Celso observa que muito se tem falado sobre a reforma da Previdência nos meios de comunicação, especialmente nas redes de televisão, que pregam, como “verdade absoluta”, que ela é imprescindível para a nação e que, se não for realizada, a Previdência Social vai quebrar, impedindo assim a aposentadoria das novas gerações e também inviabilizando o pagamento daqueles que já são aposentados. 

“Em contraponto ao que é dito nas TVs, recebemos pelas redes sociais inúmeros artigos, posts, opiniões, dados estatísticos afirmando ser outra a realidade e que não há razão para a reforma, sendo tudo uma orquestração do governo e do sistema financeiro (leia-se bancos), para abocanhar um filé mignon do mercado, com o governo tornando não atrativa a previdência pública e conduzindo as pessoas para a previdência privada”, comenta.

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“Se acreditarmos que há um pouco de verdade em cada uma das versões que nos são passadas, ou seja, que é preciso que haja uma reforma para não tornar a Previdência Social inviável no futuro e que tem gente muito graúda querendo se aproveitar disso para aumentar significativamente seus já polpudos lucros, há pelo menos uma verdade totalmente irrefutável nessa história toda: 

A proposta do governo é descaradamente uma aberração contra os mais pobres”, analisa o bispo de Apucarana.Dom Celso observa que nesta reforma da Previdência proposta pelo governo não estão compreendidos os militares, os políticos, os altos escalões do Judiciário e do Ministério Público. Na sua análise, para esses não há nenhuma modificação em seus tão conhecidos privilégios. Já para o conjunto dos trabalhadores, são inúmeras supressões de direitos, que foram conquistados não como privilégios, mas como forma de minorar o sofrimento e desgaste daqueles que trabalham em atividades insalubres ou que, pela sua própria natureza, tornam-se inviáveis a partir de certa idade. “Enfim, é uma proposta de reforma injusta, desigual, cruel e voltada apenas para a base de nossa pirâmide social”, declara.

DEBATE
Para Dom Celso, em razão das gravíssimas consequências da reforma para mais de 90% da população brasileira é que não se pode aceitar a imposição desta “tamanha atrocidade” aos brasileiros. No seu entender, é possível sim discutir a reforma da Previdência, desde que isso seja feito com a participação da sociedade, com acesso a todas as informações e com a prudência e a responsabilidade que a matéria exige. Isso especialmente por se lidar com a vida das pessoas em uma das suas fases mais frágeis, ou seja, a velhice.

De acordo com o bispo, mesmo após o amplo debate, caso constatada a necessidade da reforma, que ela comece pela supressão dos privilégios e pela busca de fontes de financiamento nos setores da economia que mais lucram e que pouco devolvem à sociedade (leia-se bancos, agronegócio, tecnologia, etc...). “Estes promovem grande concentração de riqueza com mínima geração de empregos. Extraem muito e devolvem pouco. Para termos uma sociedade e uma previdência social mais justas e sustentáveis, é preciso que, ao invés do lucro, seja a pessoa humana a prioridade”, conclui.

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