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Moradores de rua geram preocupação em Apucarana

Comerciantes e pedestres que passam pela Praça Rui Barbosa, em Apucarana, constantemente são abordados por pessoas em situação de rua. A abordagem frequente, que consiste basicamente para pedir dinheiro, revela um problema social crescente. Segundo dados

Da Redação

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Crescente número de moradores de rua revela problema social - Foto: Sérgio Rodrigo
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Crescente número de moradores de rua revela problema social - Foto: Sérgio Rodrigo
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.02.2017, 08:22:00 Editado em 17.02.2017, 17:48:00
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Comerciantes e pedestres que passam pela Praça Rui Barbosa, em Apucarana, constantemente são abordados por pessoas em situação de rua. A abordagem frequente, que consiste basicamente para pedir dinheiro, revela um problema social crescente. Segundo dados da Secretaria de Assistência Social de Apucarana, no último mês foram feitos 1,1 mil atendimentos para esse público em algum tipo de serviço ofertado pela pasta. Reunidos em grupos geram diversos sentimentos, que vão desde insegurança à solidariedade.

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O atendente de uma loja, que fica na Praça Rui Barbosa, observa que o uso de drogas e de bebidas alcoólicas é o que mais chama a atenção e também gera incômodos entre os transeuntes. “Quando estão embriagados é comum acontecer brigas. Também é corriqueiro pessoas nesses grupos com problemas mentais, que gritam o tempo todo”, afirma.Outra situação revelada pelo jovem, cuja entrevista foi interrompida por uma mulher pedindo dinheiro para comprar alimento, é a intimidação. 

“Têm pessoas que se sentem intimidadas em passar pela Praça, entre o Platô e o salão paroquial da Catedral Nossa Senhora de Lourdes, porque eles sempre estão em grupo”, diz. Na avaliação dele, o número desses grupos aumentou nos últimos meses na área central. “Eles não ficam sempre no mesmo lugar. Ficam durante um período em um local, depois vão para outro”, observa. A presença frequente de pedintes também foi percebida por uma comerciante, que prefere não ter o nome revelado. 

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“Aumentou muito o número de pessoas bebendo em grupos e pedindo dinheiro aos pedestres. Acredito que isso vem ocorrendo nos últimos seis meses”, calcula. Na avaliação de uma feirante, que também pediu para não ter o nome divulgado, o principal problema é o uso de álcool e drogas. “Eles só atrapalham quando estão bêbados”, diz. A secretária interina de Assistência Social, Ana Paula Nazarko, reconhece o problema gerado e também a situação em que essas pessoas estão imersas. Por outro lado, ela frisa que serviços são ofertados tanto no âmbito social quanto de saúde. 

“Porém, as pessoas precisam aceitar o acolhimento ofertado. Nós oferecemos refeições diárias no Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP) e pernoite no Abrigo POP, mas para ter acesso é preciso seguir algumas regras”, pontua.

Entre as regras, segundo Ana Paula, estão horários, não consumir bebidas alcoólicas nem drogas no interior das instituições. Os atendidos também precisam tomar banho, para receber uma troca de roupa limpa. 

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“Muitos não aceitam seguir essas regras e acabam permanecendo nas ruas, mas nós ofertamos inúmeros serviços, como médico, psicológico e social”, afirma.Em casos de dependência química, Ana Paula comenta que são enviados ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas. 

“Mas, para isso, a pessoa precisa aceitar. Também ajudamos a localizar as famílias e encaminhamos para as cidades de destino, quando desejam seguir viagem”, diz. Diante dos serviços ofertados, Ana Paula pede para a população não dar dinheiro. “A pessoa que dá dinheiro está na verdade ajudando a manter aquela pessoa na rua, porque está alimentado o vício dela. O melhor a fazer é encaminhar ao Centro Pop”, diz.

Moradores de rua geram preocupação em Apucarana
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GM atua para coibir crimes
Além dos problemas sociais, a população de rua tem chamado a atenção do meio policial, não só pelo uso de álcool e drogas, também de envolvimento com o crime. A Polícia Civil, por exemplo, aponta um andarilho como autor de um espancamento ocorrido na segunda-feira de manhã na Barra Funda que resultou na morte de um homem de 35 anos. 

No ano passado, outros casos de violência ocorreram envolvendo moradores de rua, entre eles um homicídio. Diante desse cenário, a Guarda Municipal de Apucarana (GMA) e a Secretaria Municipal de Assistência Social reforçam que mantêm um trabalho permanente de abordagem e atendimento das necessidades imediatas dos andarilhos. A cada dia, de 5 a 10 andarilhos que estão de passagem por Apucarana, são abordadas e encaminhadas para a rede de serviços assistenciais.

A GMA realiza esse trabalho diariamente e, uma ou duas vezes por semana, a atividade é feita à noite, em conjunto com a equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social. 

De acordo com Alessandro Pereira Carletti, comandante da GMl, os principais locais de concentração dos andarilhos são praças públicas, restaurantes, supermercados e comércio.No momento da abordagem, a GMA também verifica a ficha de antecedentes criminais. “Infelizmente, boa parte deles têm passagem policial. Caso eles estejam em débito com a Justiça, como por exemplo um mandado de prisão em aberto, encaminhamos o caso para a 17ª Subdivisão Policial”, esclarece.

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