Após ter que prestar esclarecimentos de várias ações solidárias em prol de um suposto tratamento de leucemia na semana passada, Nerileine Aguilar Miranda, 30 anos, por meio de seu advogado, apresentou um atestado alegando problemas de ordem psicológica. O laudo, que é assinado por um psicólogo, de São Paulo, foi apresentado anteontem à 17ª Subdivisão Policial (SDP), para justificar a ausência da vendedora, que deveria prestar novos esclarecimentos à Polícia Civil.
“Como o laudo é de São Paulo, com certeza, ela está fora da cidade”, comenta o delegado-chefe da 17ª SDP, de Apucarana, José Aparecido Jacovós. O delegado ouviu nesta semana o marido da suspeita, que alegou desconhecer qualquer ação de cunho suspeito da esposa. Inclusive, ele apresentou documentos que comprovam empréstimos para o tratamento de Nerileine. Conversas realizadas num aplicativo de mensagens também foram apresentadas. Nos diálogos, o marido se mostra preocupado com o estado de saúde da mulher.
Segundo Jacovós, Nerileine se hospedou num hotel em Curitiba no período que deveria fazer um procedimento cirúrgico, em São Paulo. O marido, que é soldado da Polícia Militar e trabalha no Graer estava de serviço no período. Ele está sendo investigado também pela PM pelo uso de um helicóptero para transporte da suspeita. “Vamos pedir medidas cautelares, mas não podemos revelar quais”, afirma o delegado. O delegado afirmou na semana passada que não estava descartado o pedido de prisão de Nerileine.
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