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Polícia investiga mulher que arrecadou R$ 18 mil em campanha para tratar suposto câncer

A vendedora Nerileine Aguiar Miranda, 30 anos, é suspeita de ter aplicado golpe em centenas de pessoas nos últimos anos em Apucarana. O argumento usado para arrecadar mais de R$ 18 mil somente em uma campanha era o diagnóstico de leucemia, que ela terá qu

Da Redação

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Nerileine Aguilar Miranda: suspeita de estelionato (Foto: Arquivo/TN)
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Nerileine Aguilar Miranda: suspeita de estelionato (Foto: Arquivo/TN)
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.11.2016, 19:28:00 Editado em 05.11.2016, 10:41:02
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A vendedora Nerileine Aguiar Miranda, 30 anos, é suspeita de ter aplicado golpe em centenas de pessoas nos últimos anos em Apucarana. O argumento usado para arrecadar mais de R$ 18 mil somente em uma campanha era o diagnóstico de leucemia, que ela terá que comprovar à Polícia Civil. 

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As ações solidárias a favor de Nerileine ocorrem há mais de dois anos em Apucarana, mas há indícios que a jovem já tenha feito campanhas anteriormente. A investigação teve início após denúncias de pessoas que ajudaram a jovem e desconfiaram da história. Nerileine foi indiciada por estelionato qualificado.  

As denúncias foram feitas no início de outubro por pessoas que trabalharam na organização da mais recente campanha, a da macarronada beneficente, que ocorreu no final de setembro no Clube de Campo Água Azul e reuniu mais de 500 pessoas. O convite foi vendido a R$ 20. Após a realização da macarronada, Narileine usaria o valor arrecadado para viajar para São Paulo, onde faria uma cirurgia no Hospital Israelita Albert Einstein. 

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Porém, ao retornar, a jovem não apresentava sinais comuns de quem passou por qualquer intervenção cirúrgica ou quimioterapia. Aliás, entre os dias 26 a 29 de setembro, segundo o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), José Aparecido Jacovós, data que supostamente Narileine estaria em tratamento no Albert Einstein, há registro que ela estaria hospedada num dos hotéis da rede Bristol, em Curitiba. Inclusive, o retorno teria ocorrido numa aeronave do Grupamento Aeropolicial - Resgate Aéreo (Graer), unidade onde o marido da suspeita trabalha como soldado da Polícia Militar (PM).

De acordo com o delegado, ele também será ouvido no caso na próxima semana. A assessoria da PM informou que o Batalhão de Operações Policiais Aéreas (BPMOA) abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o fato e, se for comprovado algum desvio de conduta por parte do policial, ele será responsabilizado. “Após as denúncias, ouvimos Nerileine e encaminhamos para exames no Instituto Médico legal (IML). Para o médico, do IML, ela apresentou uma outra versão. Que não poderia falar sobre o caso porque seria ‘cobaia’ de um tratamento com células tronco, o que é muito estranho”, avalia. 

O prazo dado pelo médico foi de 120 dias, que não foi apresentado até o momento. Ainda de acordo com Jacovós, o caso é tratado como estelionato. “Vamos levantar a extensão das ações causadas por ela. E não descartamos pedir a prisão preventiva, porque ela está brincando com a boa intenção das pessoas”, afirma. Além disso, a Polícia Civil vai fazer um levantamento dos bens adquiridos recentemente e vai pedir o bloqueio dos mesmos, para que as pessoas lesadas possam ser restituídas.

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 O TNOnline entrou em contato com a assessoria do Hospital Albert Einstein, mas até o final da tarde de ontem não retornou à solicitação. 

O advogado de Nerileine afirmou que ela vai se manifestar nos autos do inquérito. 

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