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Ameaça contra professores deixa 1,7 mil universitários sem aula em Apucarana

Mil setecentos e cinquenta e seis alunos da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecea), campus Apucarana, estão sem aula. A medida foi tomada anteontem pelo Conselho do Campus após ameaças à integridade física e moral de professores e alunos da insti

Da Redação

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Corredores da Unespar, em Apucarana, estavam vazios durante todo o dia de ontem | Foto: Sérgio Rodrigo
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Corredores da Unespar, em Apucarana, estavam vazios durante todo o dia de ontem | Foto: Sérgio Rodrigo
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.04.2016, 06:54:00 Editado em 27.04.2020, 19:51:26
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Mil setecentos e cinquenta e seis alunos da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecea), campus Apucarana, estão sem aula. A medida foi tomada anteontem pelo Conselho do Campus após ameaças à integridade física e moral de professores e alunos da instituição feitas por um acadêmico do segundo ano do curso de Letras. A universidade, através da procuradoria jurídica, busca meios judiciais para o retorno das aulas no campus. A suspensão das atividades está prevista até sexta-feira. Anteontem à noite, a Polícia Militar foi chamada no campus após novo surto de agressividade do estudante.

Ontem (12) à tarde, a Unespar entrou com pedido judicial para que o aluno não frequente a sala de aula nem o campus enquanto aguarda a apreciação dos fatos e também com medida cautelar protetiva a professores e alunos da instituição. O pedido foi feito para a 2ª Vara Criminal de Apucarana. “As medidas cautelares foram feitas em caráter de urgência, porque o aluno coloca em risco a integridade física e moral de professores e alunos. Esperamos que o Judiciário dê o pedido como procedente”, espera o procurador jurídico da Unespar, Paulo Gonçalves.

Gonçalves comenta ainda que foram feitos boletins de ocorrências e foi enviado um ofício ao 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM), de Apucarana, solicitando o reforço da segurança no campus. “A instituição não pode parar. A Unespar prioriza a inclusão social, mas quando ela não é viável temos que garantir o direito dos outros alunos ao ensino”, avalia. O aluno tem passagens pelo sistema penitenciário por roubos e furtos e seria, segundo a instituição, usuário de entorpecente. Além das medidas cautelares, em reunião marcada para hoje, às 14 horas, com a presença do reitor em exercício da Unespar, Antônio Rodrigues Varela Neto e autoridades locais, o Conselho do Campus deverá decidir quando ocorrerá o retorno das aulas.

O diretor da instituição, professor Narciso Luiz Rastelli afirma que todas as medidas cabíveis foram tomadas e espera o retorno imediato das aulas. Ele destaca que o problema se arrasta desde o ano letivo anterior. “No início do segundo semestre do ano passado foi aberta uma sindicância, para apurar casos de ameaças a professores e alunos. Ele, inclusive, já foi advertido verbal e suspenso por dez dias no final do ano passado”, diz. Na ocasião, Rastelli comenta que o aluno foi bastante agressivo. 

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INSEGURANÇA NO CAMPUS

O diretor da Unespar, Narciso Rastelli, comenta que na última quinta-feira, quando a comissão de sindicância convocou o aluno para assinar o parecer, ele teria surtado. “Ao comunicar o aluno, que teria dez dias para fazer sua defesa, ele se exaltou. Rasgou o processo. Deu murro na mesa. Agrediu os professores verbalmente. Chegou a dizer que iria rachar a cabeça de professor. Que sabia onde uma professora da comissão morava”, comenta. 

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Após o episódio, o Conselho decidiu anteontem suspender as aulas por falta de segurança até sexta-feira. Inclusive, anteontem à noite, o aluno foi ao campus e começou a proferir ameaças novamente. A polícia foi chamada, mas ele fugiu. Por causa do clima de insegurança, professores cogitam pedir transferência do campus e até em romper contratos. A situação não é diferente entre os alunos. Uma colega de sala, que prefere não se identificar, afirma que o aluno tem causado transtornos.

INTELIGÊNCIA E AGRESSIVIDADE

“Ele já ameaçou professores e alunos. Apesar de extremamente inteligente, ele é muito agressivo durante as discussões”, diz. Ainda segundo a colega de curso, o clima é de insegurança. “Na última semana quando ele chegou e jogou a mochila na carteira, a gente não sabe se ele pode sacar uma arma. Dá muito medo”, afirma. O aluno continua matriculado regularmente no curso.

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