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Ocorrências por tráfico de drogas crescem 66% na região

De 2013 para 2015, ocorrências envolvendo tráfico de drogas aumentaram 66% na região da 17º Subdivisão Policial, de Apucarana, que é composta por 26 municípios. Neste período, o número de casos passou de 148 ocorrências para 246. O relatório divulgado pel

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.04.2016, 06:31:00 Editado em 27.04.2020, 19:51:31
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De 2013 para 2015, ocorrências envolvendo tráfico de drogas aumentaram 66% na região da 17º Subdivisão Policial, de Apucarana, que é composta por 26 municípios. Neste período, o número de casos passou de 148 ocorrências para 246. O relatório divulgado pelo Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) também mostra um aumento significativo de flagrantes de usuários, 88%. Somente em 2015 foram registradas 561 detenções do gênero.

Os números revelam que o tráfico e o uso de drogas fazem parte do cotidiano de todas as cidades. Por exemplo, na última quarta-feira uma elaborada estufa usada para plantio de maconha foi encontrada num apartamento na área central de Apucarana. No local, havia 59 vasos com mudas do entorpecente, além de porções fracionadas e sementes para plantio de novos pés da droga.

O delegado-chefe da 17ª SDP, José Aparecido Jacovós avalia que os dados mostram maior atuação na polícia no combate às drogas. “Não aumentou o volume de drogas. Aliás, diminuiu. A polícia está prendendo mais. Somente na última semana foram 12 pessoas presas por tráfico. Os números mostram que a polícia está atuando para combater o tráfico”, diz.

Das prisões citadas, cinco foram feitas pela Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), núcleo de Londrina. Com eles, policiais encontraram 2 quilos de crack. Anteontem, a Polícia Civil, de Apucarana, cumpriu três mandados de prisão por tráfico em São João do Ivaí. Se por um lado, as polícias trabalham para combater o tráfico, por outro, a curiosidade, desinformação e falta de políticas públicas estimulam o consumo.

Na avaliação do doutor em Saúde Mental, David do Carmo, professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o consumo está atrelado a vários fatores, entre eles, curiosidade, aceitação social, ambiente e falta de política antidrogas. Outro fator, segundo o especialista, é a distorção dos efeitos da maconha. “Atualmente, tem se propagando que a maconha não causa efeitos nocivos, mas causa. É uma droga perturbadora, que age no sistema nervoso central”, diz.

Entretanto, ele frisa que a dependência é menor, porém prejudicial como outras. “Um estudo recente apontou que o uso de maconha pode desencadear a esquizofrenia, quando já existe uma pré-disposição familiar”, pontua. O especialista comenta ainda que faltam iniciativas públicas de prevenção do uso de drogas.

“Quando o jovem não tem esporte nem cultura, acaba procurando as drogas para ter algo diferente, para direcionar a sua energia. É preciso que a política de prevenção do uso de drogas não seja partidária, para não acabar a cada fim de mandato, e também que haja um trabalho em conjunto com a família e as escolas”, avalia. Para ele, os jovens também precisam de bons exemplos, que vão desde os pais, professores até a classe política.

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