Arqueólogos descobrem 1º cemitério filisteu, o povo do gigante Golias 

Um cemitério - com esqueletos de pessoas que habitaram a terra há mais de 3 mil anos - foi encontrado por arqueologistas na cidade de Ascalão, em Israel. Os especialistas acreditam que a descoberta pode ajudar a desvendar vários mistérios bíblicos como a história de Golias, o gigante desafiado por Davi.  

Conforme o site do canal CNN, este é o primeiro cemitério do povo filisteu já encontrado. Até então, a origem desta misteriosa população desaparecida há cerca de 2,6 mil anos, é uma das grandes incógnitas bíblicas. Esta foi a civilização originária do gigante, segundo as passagens contadas nos livros de Samuel.  

A descoberta é considerada um divisor águas na história e é resultado de mais de três décadas de exploração.  Segundo a matéria da CNN, amostras de ossos foram coletadas para testes de DNA, radiocarbono e estudos biológicos de distância. Os resultados podem ajudar a determinar as origens dessa civilização que passagens bíblicas sugerem ter vindo de Creta pelo mar.

QUEM FOI GOLIAS - Segundo a narrativa do livro de Samuel, Golias era um homem de grande estatura da cidade de Gate, e um soldado campeão dos filisteus. Não há divergência a respeito da altura do gigante. As escrituras concordam que ele possuía a altura de seis côvados e um palmo, ou seja, 2,92 metros, sendo considerada a pessoa mais alta de quem se tem registros nas escrituras bíblicas.

“PRIVADOS DE SUA HISTÓRIA - Quem eram os filisteus? A origem deste “povo do mar” (designação igualmente atribuída aos seus contemporâneos do actual Líbano, os fenícios) é incerta. Será que eram oriundos – como mostram as suas peças de cerâmica encarnadas e negras – da civilização micénica, portanto das ilhas gregas? Ou, em vez disso, vinham de uma tribo local do deserto ou da montanha? “O certo é que eram estrangeiros nesta região semita”, onde se sabe que estiveram presentes ao longo de uma pequena faixa costeira, que vai desde a actual Gaza até Telavive, entre 1200 a.C. e 600 a.C., assegura Daniel Master.

Comerciantes e marinheiros orgulhosos, os filisteus falavam uma língua de origem indo-europeia, não praticavam a circuncisão e comiam porco e cão como testemunham ossos encontrados nas ruínas de quatro outras cidades filisteias vizinhas (Gate, Gaza, Asdode e Ecrom), que formavam a sua nação.

O termo “filisteu” designa uma pessoa sem maneiras e avessa à cultura e às artes, explica à agência Reuters. 

Fonte: AFP e Reuters